Produção de gás natural nos campos do pré-sal aumenta 15% em um ano; petróleo cresce 8%

Foto: Divulgação
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3,716 milhões de barris diários em março: campos da camada de pré-sal, descoberta em 2006, representam 80% da produção total. Vendas de derivados no mercado interno aumentaram 2,9% em 12 meses

A produção de petróleo e gás natural no pré-sal brasileiro registrou crescimento em março deste ano, com 3,716 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), o que representa 79,8% da produção nacional total no período.

Em comparação com março do ano passado, a produção de gás natural foi 15% maior. Frente a fevereiro deste ano, o aumento foi de 4,3%. Já a produção do petróleo nos mesmos campos, a elevação foi de 3,8% na comparação com fevereiro. Frente à produção de março do ano passado, a produção cresceu 8%.

As informações estão no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), na última segunda-feira (5/5).

Segundo o Ministério de Minas e Energia, essa marca reflete o avanço tecnológico e operacional do setor, especialmente na Bacia de Santos, onde se concentram os maiores volumes extraídos. O titular da pasta, Alexandre Silveira, destaca ainda o esforço para acelerar a entrada de novos navios-plataformas em operação.

“A atividade de coordenação do MME para antecipar as licenças ambientais, junto ao Ibama e à ANP, para entrada de operação de novos FPSOs (navios-plataformas) mostrou-se acertada, resultando no aumento da produção e da arrecadação da União, dos estados e dos municípios”, destacou o ministro da pasta, Alexandre Silveira.

O campo de Tupi foi o principal produtor do país, com média diária de 780 mil barris de petróleo e 39,15 milhões de metros cúbicos de gás natural. Entre as plataformas, a FPSO Sepetiba liderou na produção de petróleo, com 174,5 mil barris por dia, enquanto a FPSO Guanabara teve a maior produção de gás natural, com 11,5 milhões de metros cúbicos diários. Ambas estão instaladas na jazida compartilhada de Mero. O aproveitamento do gás natural também se destacou, atingindo 96,5% de todo o volume produzido, com 46,95 milhões de metros cúbicos por dia disponibilizados ao mercado.

A Petrobras segue como principal operadora do setor, responsável por 90,2% da produção nacional, considerando os campos em que atua sozinha ou em consórcio. Ao todo, a produção do país em março partiu de 6.466 poços, sendo 528 em ambiente marítimo e 5.938 em áreas terrestres.

Acesse a versão completa do Boletim aqui.

Óleo, LGN e gás – Ainda no primeiro trimestre de 2025, a Petrobras teve um aumento de 5,4% da produção média de óleo, LGN (Líquidos de Gás Natural) e gás natural, que alcançou 2,77 MMboed (barris de óleo equivalente por dia), em função, principalmente, do menor volume de perdas por paradas para manutenções; da melhor eficiência operacional na Bacia de Santos; da entrada em produção do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios; e do ramp-up (aceleramento) do FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, fatores parcialmente compensados pelo declínio natural de produção.

Neste trimestre, entraram em operação 11 novos poços produtores, sendo 6 na Bacia de Campos e 5 na Bacia de Santos. A Petrobras atingiu, no período, alguns recordes de produção, dentre os quais:

  • Produção de óleo + LGN operada no Pré-Sal no 1T25: 2,77 MMboed (recorde anterior de 2,76 MMboed no 4T23).
  • Produção total operada no Pré-Sal no 1T25: 3,38 MMboed (recorde anterior de 3,34 MMboed no 4T23).

Derivados – As vendas de derivados no mercado interno aumentaram 2,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionadas pelo diesel, gasolina e QAV. A companhia registrou 73% de participação do óleo do Pré-Sal na carga processada no parque de refino nesse trimestre, 2 pontos percentuais. acima do quarto trimestre de 2024 e igualando o recorde registrado no terceiro trimestre do ano passado. A elevada participação de óleos do Pré-Sal na carga processada reforça o foco na otimização de uso dessas correntes para produção de derivados de maior valor agregado e diminuição de emissões atmosféricas.

A Petrobras alcançou um elevado rendimento na produção de derivados médios (diesel e QAV) e gasolina, que representaram 69% do volume total de derivados no primeiro trimestre de 2025. Mais dados constam no relatório de produção e vendas da Petrobras, divulgado nesta terça-feira, 29 de abril.

Com informações da Agência Gov.

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