A Prefeitura de Campo Grande lança nessa quinta-feira (4), a Campanha Diga Não às Queimadas Urbanas – Agosto Alaranjado 2024. De janeiro a dezembro de 2023, foram registrados 2.067 (dois mil e sessenta e sete) incêndios em vegetação atendidos pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBM-MS) na área urbana e rural de Campo Grande.
Embora tenha realizado diversos atendimentos, a Política Militar Ambiental (PMA) registrou somente cinco orientações em 2023. As multas podem variar de R$ 2.944,50 a R$ 11.778,00.
Por outro lado, a Ouvidoria Geral do Munícipio (OGM-156) protocolou 314 (trezentas e quatorze) denúncias de utilização de fogo para a limpeza de terrenos baldios, enquanto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), no mesmo período, autuou e multou 140 (cento e quarenta) proprietários de terrenos baldios por utilizarem queimadas para a limpeza.
Além de provocar prejuízos ao meio ambiente, como a perda de biodiversidade e danos as áreas de proteção, as queimadas são responsáveis pelos problemas respiratórios registrados no sistema municipal de saúde.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), em 2023 foram realizados 74.598 (setenta e quatro mil quinhentos e noventa e oito) atendimentos relacionados a problemas respiratórios.
Campanha
Organizada pelo Comitê Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Urbanos (COMIF), coordenado conjuntamente pela Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) e pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, o tema da campanha deste ano é “Mude seu hábito, não o clima!”
Instituída em 2017, a Campanha Diga Não às Queimadas Urbanas faz parte das ações realizadas pelo Executivo Municipal durante o Agosto Alaranjado, mês de prevenção e combate ao uso de fogo na vegetação em âmbito municipal, a fim de prevenir e reduzir o número de ocorrências de incêndios florestais e urbanos no município.
“O trabalho de conscientização e prevenção realizado pelo COMIF é essencial para que as pessoas conheçam as consequências das queimadas e se tornem agentes multiplicadores da informação, principalmente no período de estiagem extensa. Devido ao trabalho desenvolvido pelo grupo, o número de incêndios tem diminuído significativamente”, pontua uma das coordenadoras do COMIF, a engenheira ambiental Amanda Mariano.