Impasse entre prefeitura e Solurb causa demissão de 350 trabalhadores

Foto: Divulgação
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Prefeitura justifica reformulação do contrato com a empresa como fruto de reestruturação dos gastos públicos

A Prefeitura de Campo Grande esclareceu para o Jornal O Estado que o contrato com a Solurb se mantém, porém com algumas alterações, devido a uma reestruturação dos gastos públicos. Além disso, o poder executivo enfatiza que as “especulações sobre a paralisação dos serviços de limpeza e zeladoria na cidade, não refletem a realidade”.

Contudo, quem passa pelas ruas da cidade já consegue perceber os reflexos da redução de serviços como varrição, pintura de meio fio, roçada, capina e limpeza de bocas de lobo por parte da concessionária. Tarefas que já não são realizadas desde dezembro de 2024 pela empresa. Em nota enviada ao Jornal O Estado, a Solurb alega que tais cortes ocasionaram também a redução de efetivo.

Ainda, a concessionária relata também o atraso no pagamento pela contraprestação, e, caso não seja quitado, haverá paralisação dos serviços. Os referidos débitos estão sendo tratados junto ao poder concedente, porém até o momento a concessionária não obteve proposição sobre a quitação deste valor.

“No que tange a redução dos números de trabalhadores nessas atividades, ocorreram cerca de 350 desligamentos. Esclarecemos ainda que, a não regularização dos débitos em atrasos com a maior brevidade possível, poderá afetar a prestação dos demais serviços prestados pela concessionária, tais como: coleta de lixo domiciliar, comercial, hospitalar, limpeza de feiras e etc”.

Sisep deve atender demandas

Por outro lado, o comunicado emitido pela Prefeitura ressalta que o contrato com a Solurb segue vigente e sem qualquer interrupção dos serviços essenciais. E, por fim, o poder executivo relata que alguns serviços de zeladoria também são realizados por equipes próprias da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), assegurando o atendimento às demandas da população de forma contínua e eficiente.

“Inclusive o cronograma de limpeza e higienização das escolas está mantido, com equipes da própria Semed (Secretaria Municipal de Educação), a fim de assegurar que todas as 206 unidades escolares estejam preparadas para receber os alunos para o início do ano letivo no dia 10 de fevereiro”.

A concessionária explica que caso a Prefeitura voltar atrás, e preferir a retomada dos serviços suprimidos, serão necessários aproximadamente 80 a 90 dias para o restabelecimento dos mesmos. “Será necessário recrutar, selecionar, contratar, treinar e colocar em operação quantidade de trabalhadores equivalente aos dispensados quando da suspensão dos serviços”.

Por Inez Nazira

 

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