Governo Federal recebe 104 repatriados em Fortaleza e Belo Horizonte com estrutura de acolhimento

Intenção do Governo Federal é acolher e proporcionar a retomada das condições de dignidade e cidadania aos brasileiros que chegam dos Estados Unidos. Foto: MDHC/Divulgação
Intenção do Governo Federal é acolher e proporcionar a retomada das condições de dignidade e cidadania aos brasileiros que chegam dos Estados Unidos. Foto: MDHC/Divulgação

Ação com o objetivo de garantir retorno digno e seguro a brasileiros que estavam nos Estados Unidos contou com receptivo de vários ministérios, além de órgãos estaduais e internacionais 

O Governo Federal atuou de forma integrada na recepção de mais 104 brasileiros repatriados que desembarcaram no Aeroporto Internacional de Fortaleza (Pinto Martins) e no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, nesta sexta-feira (28/3). No grupo, 79 homens e 25 mulheres. A maioria, 86,5%, tem entre 19 e 50 anos e havia sete crianças e adolescentes. Dos 104, 76 foram transportados com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para Belo Horizonte. Os outros ficaram em Fortaleza.

O secretário nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Bruno Renato Teixeira, destacou que todos os esforços buscam garantir um retorno digno aos deportados.


“A orientação do presidente Lula é que, assim que a aeronave pousa em território nacional, elas retomem imediatamente a condição de cidadãos, retirando algemas e correntes e recebendo tratamento adequado”, enfatizou Teixeira


Alívio

Ao chegar ao Brasil, Rodrigo Araújo, de 32 anos, manifestou alívio. “Tem médicos aqui, se a gente precisar de ajuda. A comida também está sendo fornecida direitinho. O atendimento está sendo ótimo”. Ele viveu nos Estados Unidos por 10 anos. Uma das passageiras demandou apoio para emissão de documentos. “Ela foi para lá bebê e está retornando ao Brasil aos 50 anos. Então, para essa, especificamente, a gente está dando o suporte para conseguir documentação”, explicou Teixeira. Ela foi encaminhada à Polícia Civil para regularizar a situação. Quatorze repatriados solicitaram abrigo ao chegarem ao Ceará. Outras quatro tinham restrições com a Justiça brasileira e foram encaminhadas para ficar sob custódia da Polícia Federal.

Integração

A ação federal conta com integrantes de múltiplos ministérios e órgãos federais, incluindo Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Saúde, Relações Exteriores, Defesa e Polícia Federal. A articulação envolve ainda secretarias estaduais, a Defensoria Pública da União e as concessionárias aeroportuárias Fraport Brasil e BH Airport. “Fortalecemos a estrutura do governo federal junto ao governo estadual, à Defensoria Pública da União, à Polícia Federal e à Força Aérea Brasileira, criando um protocolo de acolhimento e atendimento adequado a essas pessoas”, afirmou Bruno Teixeira.

Vacinação

O Ministério da Saúde, representado por Marcos Simão de Souza, atuou na articulação das áreas envolvidas e na logística da recepção dos repatriados. Já em Fortaleza, o ministério verifica a situação vacinal dos deportados. Em Belo Horizonte, há contato direto com a Secretaria Municipal de Saúde para garantir assistência médica.

Sonho

O defensor público Celso Gabriel de Rezende destacou a importância do acolhimento. “Quem chega tinha um sonho ao sair do país, que se transformou em pesadelo com a deportação. O Estado está acolhendo essas pessoas com dignidade, alimentação e suporte”, afirmou. A situação positiva do mercado de trabalho brasileiro pode facilitar a reinserção dos deportados. “O país vive um momento de pleno emprego e uma situação econômica favorável. Isso ajuda aqueles que retornam a recomeçar as vidas”, disse.

Transporte

Para aqueles que não têm um local para ficar quando chegam, o governo federal oferece estrutura de acolhimento provisório com alimentação e acomodação, além do custeio de passagens para o retorno seguro às cidades de origem. “A gente conseguiu uma parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Então, conseguimos ofertar transporte que levará esses passageiros até a rodoviária. A agência conseguiu também com empresas de transporte terrestre, transporte gratuito para que essas pessoas possam seguir para os seus destinos”, explicou o gerente de projetos da Secretaria Executiva do MDHC, Paulo Victor Resende.

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