Alvo de debates políticos e críticas da população, espaço para transporte público está sendo debatido com comerciantes
Tema de controvérsias, os corredores de transporte público avançam nos diálogos para que as obras sejam concluídas. Como uma peça de recurso federal, o secretário Municipal de Obras, Marcelo Miglioli, ressalta que o assunto deve ser tratado com muita responsabilidade e que não “metendo a marreta” que vai ser resolvido.
Em entrevista exclusiva para o Jornal O Estado, o responsável pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) destacou que as três frentes de trabalho em pavimentação na Capital avançam em ritmo acelerado. Estão sendo atendidas por terceirizadas as avenidas Duque de Caxias e Ernesto Geisel; diferentes pontos pela Águas Guariroba e algumas da própria Secretaria, como os trechos do Bairro Cidade Morena.
“O trabalho da Águas Guariroba faz parte da exigência do contrato de concessão. Eles estão fazendo a substituição da rede de amianto para PVC, na sequência, fazem os remendos profundos, frenagem e recapeamento completo”, explica. Um ponto que está passando por esse processo é a Rua João Pedro de Souza, no Bairro Santa Dorotheia.
Com relação aos corredores de ônibus, que estão sendo pauta do debate político na temporada eleitoral, o secretário alertou para a responsabilidade ao falar sobre o tema. A verba enviada para as obras veio do Governo Federal, no modelo chamado “convênio determinado”, que não pode ser alterado.
“Nós estamos discutindo alternativas para que a gente possa dar continuidade ao projeto. O recurso está aí, o recurso está disponível, mas ele é para corredores de transporte público. Eu não posso fugir dessa agenda. Se você não tem a estação de embarque no meio da pista, você tem que jogar na estação de embarque na calçada e nós não temos largura de calçada suficiente para isso”, alerta Miglioli.
Ele reforça que os corredores ficaram popularmente conhecidos para serem de uso apenas dos ônibus, mas a funcionalidade vai muito além disso. Veículos oficiais poderão usar, vai ajudar a acelerar o tráfego de viaturas de resgate e até carros por aplicativos.
“A hora que eu jogo corredor de transporte público, eu tenho que tirar o estacionamento. Não existe como eu fazer as duas coisas. Agora, o transporte público embolado com o trânsito é um desconforto. Então, a gente está fazendo essa discussão com responsabilidade. Para que a gente possa achar a melhor alternativa de uma forma bem transparente e, achando a melhor alternativa, a gente dá continuidade nos projetos”, completou.
Miglioli destacou o trabalho dos últimos dois meses, onde 62 praças foram completamente reformadas, com R$ 18 milhões investidos. “Revitalizamos áreas em todas as regiões de Campo Grande. Todas receberam pista de caminhada, academia ao ar livre e quadras de areia. Isso foi do Nova Lima ao Parque do Lageado. É um trabalho que precisa ser feito, pois resgata a vida social da população do entorno”, valoriza.
Por fim, o próximo projeto a ser licitado está avaliado em R$ 540 milhões, para pavimentar mais de 200 km de ruas em aproximadamente 24 bairros. “Vamos licitar em breve, para que comecem as obras em janeiro”, termina o secretário.
Por Kamila Alcântara
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