Caracterizada por sintomas como rouquidão, dor de garganta e irritação, a nova variante XFG da covid-19 foi identificada em circulação em Mato Grosso do Sul. Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), a linhagem está presente no Estado desde o dia 11 de setembro deste ano.
Até o momento, 63 amostras tiveram confirmação para a variante, detectada por meio de sequenciamento genômico de pacientes de Corumbá, Dourados e Campo Grande.
A variante XFG é uma linhagem recombinante da Ômicron da covid-19, registrada em diferentes estados brasileiros. De acordo com a SES, não há evidências de que ela cause quadros mais graves nem de que comprometa a eficácia das vacinas atualmente aplicadas, embora sua circulação possa estar associada a aumento de casos.
A médica infectologista Andyane Tetila, do HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados) e diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, reforça que a presença da XFG no Estado não é motivo para alarde.
“Grande parte da população apresenta hoje algum grau de imunidade, seja por infecção prévia ou vacinação. Mesmo assim, é importante manter os cuidados, porque casos graves sempre podem surgir”, explica.
Segundo a especialista, as vacinas disponíveis continuam oferecendo proteção contra a nova variante. “Não há muita diferença nos sintomas da XFG em relação às anteriores. O que observamos é uma maior frequência de rouquidão e uma transmissibilidade mais elevada”, explica.
A médica destaca ainda que a XFG é resultado da combinação viral de duas linhagens anteriores, algo comum no comportamento de vírus que passam por mutações recorrentes. A variante se tornou prevalente neste ano em vários países, inicialmente no Brasil.
Por Geane Beserra
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