Consumo de etanol cresce no País, enquanto gasolina recua, diz pesquisa da ANP

Mistura de etanol na gasolina C não explica a queda. Consumidor tem recorrido mais ao álcool combustível. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Mistura de etanol na gasolina C não explica a queda. Consumidor tem recorrido mais ao álcool combustível. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Dados de 2024 foram apresentados pela Agência Nacional do Petróleo. Gasolina teve queda de 4% em relação a 2023. Já o etanol registrou crescimento de 33,4%. Ao todo, foram 133 bilhões de litros 

Em 2024, foram comercializados, no Brasil, 133,1 bilhões de litros de combustíveis líquidos automotivos. No caso da gasolina C (já com a mistura de etanol anidro), foram 44,19 bilhões de litros, uma redução de 4% com relação a 2023. O etanol hidratado combustível teve 21,66 bilhões de litros em venda, um crescimento de 33,4%. Com relação ao diesel B (já com a mistura de biodiesel), foram comercializados 67,25 bilhões de litros, um aumento de 2,6% na comparação com o ano anterior.

Os dados foram apresentados pela ANP ontem (13/2), no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2025 (ano base 2024). O evento foi híbrido, realizado no Rio de Janeiro, com presença de agentes de mercado e outros interessados, e transmitido ao vivo pela plataforma Teams. Fizeram a abertura do seminário os Diretores da ANP Fernando Moura, Symone Araújo e Mariana Cavadinha.

No ano, a produção nacional de gasolina A (pura, ainda sem a adição de etanol anidro) correspondeu a 90% do total da oferta interna, sendo os 10% restantes supridos por importações. Já no caso do diesel A (ainda sem a mistura de biodiesel), as importações foram responsáveis por cerca de 25% das vendas.

No caso do GLP, foram comercializados 7,57 milhões de metros cúbicos no país em 2024, um aumento de 2,2% na comparação com 2023. As importações corresponderam a 25% das vendas.

O biodiesel teve crescimento nas vendas, refletindo o aumento, em 2024, do teor desse biocombustível no diesel de origem fóssil, de 12% para 14%. Foram comercializados 8,96 bilhões de litros no ano, enquanto em 2023 foram 7,34 bilhões.

O ano se encerrou com 131.278 agentes regulados pela ANP no setor de abastecimento, entre eles: 44.678 postos de combustíveis; 58.283 revendas de GLP; 384 distribuidores (entre os de combustíveis líquidos, GLP, combustíveis de aviação, solventes e asfaltos); e 152 produtores de lubrificantes.

Os demais agentes se dividem entre rerrefinadores de lubrificantes, agentes de comércio exterior, transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), transportadores-revendedores-retalhistas na navegação interior (TRR-NI), coletores de lubrificantes, pontos de abastecimento e consumidores industriais de solventes.

No seminário, foram apresentados ainda dados de produção de combustíveis, estatísticas das ações de fiscalização da ANP no mercado de abastecimento e aspectos de preços e concorrenciais. A Agência realizou ainda uma apresentação, destinada aos agentes regulados, sobre os sistemas que devem ser utilizados para envio de dados à ANP, pedidos de autorização, entre outros.

Veja as apresentações realizadas pela ANP .

No evento, foi lançado também o Painel Dinâmico de Revendedores, que tem como objetivos ampliar a transparência e permitir o compartilhamento de dados com agentes regulados, empresas e a sociedade.

O painel disponibiliza dados cadastrais das revendas de combustíveis automotivos e de GLP (gás de cozinha), incluindo histórico de bandeiras, capacidade de tancagem e número de bicos de abastecimento.

A consulta pode ser realizada de forma geral, abrangendo todos os revendedores, ou de forma específica, por CNPJ, unidade da Federação (UF) e/ou município. A ferramenta auxilia na identificação de tendências de mercado e na previsão de comportamentos futuros.

Foi lançado ainda a API de Revendedores, a ferramenta que permite consultar a lista de postos revendedores de combustíveis automotivos e de GLP em operação, bem como seus dados cadastrais, incluindo: endereço; produtos comercializados; nome do distribuidor; capacidade de tancagem; e coordenadas geográficas, quando disponíveis. Assim como painel, a API possibilita a consulta geral ou específica, utilizando CNPJ, UF e/ou município.

A diferença entre as duas ferramentas é que o painel dinâmico é interativo e permite a consulta de dados diretamente, por qualquer usuário. Já a API (sigla para Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações) é uma ferramenta que permite a comunicação entre diferentes sistemas, possibilitando a troca de dados de forma segura, eficiente e estruturada. Ela disponibiliza dados para os agentes econômicos ou outros interessados consumirem através de seus próprios sistemas.

O painel está disponível na página Painel Dinâmico de Relatório de Revenda .

Com informações da Agência Gov.

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