Consumidora é assaltada no estacionamento do Shopping Norte Sul e apela por mais vigilância

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Falta de segurança na região preocupa trabalhadores e moradores

Moradores da região, bem como trabalhadores e consumidores, relatam que a falta de segurança ao redor do Shopping Norte Sul aflige a todos. O complexo comercial, localizado no bairro Jockey Clube, ao lado da loja Havan, é conhecido não apenas por suas lojas, opções de entretenimento e região movimentada, mas também pela insegurança no entorno, que geralmente é frequentado por pedintes e desabrigados. A sensação de insegurança se estende ao complexo comercial, onde consumidora relata ter sido vítima de assalto no estacionamento do shopping.

Para o Jornal O Estado, a professora Nanci Catapatti relata que o ocorrido aconteceu na quarta-feira (15), durante o período de chuva. A abordagem, segundo Nanci, ocorreu no estacionamento do shopping, quando a professora abria a porta do carro e, de forma violenta, um homem tentou afastá-la do veículo. Nanci conta que entrou em combate com o indivíduo e, por sua alta estatura, teve forças para combatê-lo. Mas a vítima acrescenta que o indivíduo só desistiu quando outra motorista notou o ocorrido e foi ajudá-la, momento em que ele saiu correndo do local. Após o transtorno, a vítima contatou a gerência do shopping, que prestou assistência à consumidora. Porém, Nanci enfatiza que o shopping, devido à sua localização, tem um serviço de segurança precário.

“Só havia um guarda no recinto, que estava no banheiro quando o homem me atacou. O shopping estava com poucas câmeras e foi difícil conseguir as filmagens em ângulos diferentes. Eu tenho certeza de que eles recebem várias ocorrências como essa por dia, por causa da região, dos bairros ao redor do shopping”, argumenta a vítima.

Além do transtorno, Nanci relata a dificuldade em conseguir realizar o boletim de ocorrência. “Tanto a 7ª DP como a 1ª, todas estão lotadas. No mínimo 5 horas na fila para conseguir um B.O. Fora que eles possuem delegacias especializadas, que normalmente não é a que está próxima da nossa casa”, acrescenta. A vítima descreve o homem que a atacou com média de 25 a 30 anos, com roupas gastas, sujo e descalço.

Em nota, o shopping esclarece que a cliente foi prontamente atendida pela equipe de segurança, que prestou todo suporte necessário e acionou as autoridades policiais competentes. “O centro comercial segue comprometido com o bem-estar dos clientes que frequentam o espaço e continua trabalhando em estreita colaboração com as forças de segurança para garantir um ambiente seguro e protegido”, concluiu.

Segundo a GCM (Guarda Civil Metropolitana), é realizado patrulhamento diário na região do Jockey Clube e entorno do Shopping Norte Sul, com ações contínuas de fiscalização e reforço na segurança. “As rondas são realizadas 24 horas por dia, visando coibir crimes e garantir a tranquilidade dos moradores. É importante o veículo buscar também as forças policiais, visto que a GCM atua em colaborações às mesmas”, afirma em nota.

Para a população, desespero e falta de vigilância descrevem a região

A equipe de reportagem foi ao local verificar com os transeuntes sobre a situação. Na saída do Fort Atacadista, anexado ao Shopping e localizado na rua Cutabão, a autônoma Rosa da Silva, 48, diz que a sensação de insegurança é expressiva, visto que a iluminação é precária e não há segurança pública.

“Olha, aqui à noite, você fica desesperado. Se você for, até para chamar um Uber aqui na frente, você se desespera, porque você não tem segurança nenhuma. Você não vê nem a segurança do shopping passando, nem a segurança policial, nada”, relata.

Para o motoboy Jefferson Lima, 35, a atenção é redobrada. Segundo o trabalhador, além da falta de segurança no local, é recorrente entre os funcionários da mesma profissão o relato de furtos por pedintes na região.

“O negócio aqui é meio difícil. Se você deixar seu material de trabalho aqui, capacetes, carregadores dos lanches, eles levam. Os moradores de rua são a maior preocupação aqui ao redor. E, se você der uma volta aqui, você não vê, até confundi onde fazer as entregas no shopping, por exemplo, porque não tem ninguém auxiliando”, explica Jefferson.

Uma das formas de resolver a situação, para a consumidora Ivone Marcelino, 70, é a implantação da segurança pública no local. Inove acredita que, com a segurança municipal e privada, tanto os consumidores como os moradores e trabalhadores poderão realizar suas atividades sem passar por momentos de aflição.

“Eu acho que tem que ter uma segurança, um guarda 24 horas. Mesmo nas horas de movimento, é muita falta de segurança que a gente sente”, expressa.

Por Ana Cavalcante

 

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