Quando se fala em 14 de Julho, é impossível não lembrar da rua mais tradicional de Campo Grande. Por isso, no dia de hoje, o jornal O Estado retomou a história da rua que foi fundada em 1909 e, atualmente, soma 114 anos, além de ser considerada, por muitos, o coração de Campo Grande. Assim que foi fundada, inicialmente, a via dava acesso ao principal meio comercial da cidade, a rua 26 de Agosto, e o nome foi denominado para homenagear a queda da Bastilha, ocorrida naquela data, que significou um marco histórico para a humanidade, quando os franceses se insurgiram contra a tirania real, iniciando o movimento conhecido como Revolução Francesa.
O jornalista Rogério Alexandre Zanetti é admirador das histórias que envolvem Campo Grande e produziu um documentário contando a história da rua 14 de Julho, intitulado “Inspirados em Construir”. Na produção, Rogério destacou que a tradicional rua tirou a preferência da rua Calógeras, para o acesso à estação ferroviária Noroeste do Brasil. “Assim, o comércio, a hotelaria e os serviços foram se instalando nos dois lados da rua e nada mais passava por Campo Grande sem passar pela 14”, afirmou. Rogério ainda contou que, inicialmente, a rua era curta, deserta e sem saída, mas se transformou, ao longo dos anos.“O nome foi proposto pelo, na época, vereador Miguel Garcia Martins, mas em 1930, o nome foi trocado para Aníbal de Toledo, em homenagem a um ex- -governador do Estado do Mato Grosso, mas o parlamentar ficou pouco tempo no cargo e, logo depois, a rua passou a se chamar João Pessoa, em homenagem a um outro parlamentar recém- -assassinado, mas, mesmo assim, com todas as mudanças, a população não deixava de chamá-la de 14 de Julho, era impossível mudar”, explicou.
REVITALIZAÇÃO
Em 30 de novembro de 2019, a Prefeitura Municipal de Campo Grande entregou a rua 14 de Julho completamente revitalizada, obra desenvolvida pelo projeto Reviva Campo Grande. “A 14 é a rua do povo e a ela aconteceu sem atrapalhar o comércio e o trânsito de pessoas, e é incrível ver o encantamento da população com a obra entregue. Eu sempre fui um grande admirador da história de Campo Grande e é gratificante ver tudo isso acontecendo”, contou Rogério.
O jornalista ressaltou que, mesmo que não seja a via mais antiga de Campo Grande, a 14 é, sim, a mais tradicional de todas. “As manifestações políticas quase sempre são feitas ali, os desfiles cívicos, as comemorações tradicionais, as fotos e é também um grande ponto comercial, então ela é o verdadeiro coração Campo Grande.”
[Tamires Santana– O ESTADO DE MS]
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.
Sinceros cumprimentos ao Rogério pela bonita produção.