Chuvas tendem a dificultar dos Bombeiros de MS no resgate de vítimas em RS

O trabalho ininterrupto
é recompensado com o
resgate de moradores e
de animais domésticos (Foto: CBM/RS e Sejusp MS)
O trabalho ininterrupto é recompensado com o resgate de moradores e de animais domésticos (Foto: CBM/RS e Sejusp MS)

As chuvas torrenciais que acometem o Rio Grande Sul seguem sem previsão de fim. O desastre alarmante deixou mais de 300 municípios em estado de calamidade pública, decretado pelo governador federal por meio de portaria recente. Com o propósito de oferecer apoio e efetuar o resgate das vítimas das inundações em São Leopoldo (RS), no Vale do Rio dos Sinos, a equipe do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de MS) desempenhou um papel crucial no resgate de vítimas. Mais de 5 mil pessoas foram abrigadas em 35 locais. Contudo, para os próximos dias, a previsão segue com alerta de chuvas para a cidade sulista.

São Leopoldo, região metropolitana do estado gaúcho, vive a maior enchente da história do município há nove dias, período que marca o início da emergência ambiental no local. Até o momento, já foram resgatados 6.481 pessoas e 619 animais, segundo dados 2º Batalhão de Bombeiros Militar (2º BBM) do município. O trabalho do CBMMS neste momento crítico foi e é essencial. Na última sexta-feira (3), o CBMMS mobilizou uma equipe composta por nove militares, sendo um médico e oito especialistas em salvamento aquático e mergulho, com o propósito de oferecer apoio e efetuar o resgate das vítimas.

Durante a operação de resgate realizada também pelos profissionais da Sejusp em resposta à tragédia, foram resgatadas 93 pessoas em situação de risco, além do transporte de alimentos e remédios, conforme relatou o Coordenador Geral de Policiamento Aéreo, Rosalino Gimenez.

“Nós da segurança pública do estado de Mato Grosso do Sul, estamos aqui com os nossos irmãos gaúchos nessa tragédia que assolou o estado do Rio Grande do Sul este ano. Estamos auxiliando no resgate de vítimas, na distribuição de alimentos, na distribuição de remédios. Já foram transportadas 1.350 marmitas, 300 kg de fraldas, 1.250 kg de alimentos e 2.050 garrafas de água para auxiliar as vítimas e as equipes de resgate”, afirmou o profissional.

As equipes atuaram nos bairros Matias Velho, Canoas, Eldorado do Sul, Tapes, Sarandi e Guaíba, prestando socorro e assistência às pessoas afetadas pela tragédia. Divididos em grupos, os profissionais atuam ininterruptamente, realizando resgates de idosos e diversos animais. A equipe continuará na cidade prestando apoio por um período de 10 dias.

Estado de calamidade continua

A tragédia climática, no entanto, parece estar longe do fim. De hoje (10) até segunda-feira, a previsão é de clima chuvoso durante o dia e a noite para a cidade sulista, com alerta de chuva de até 72mm para o sábado.

Segundo a prefeitura de São Leopoldo, em publicação no Instagram, “os trabalhos ainda continuam, mas há resistência de muitas pessoas que não querem deixar suas residências, principalmente em edifícios do Centro, onde o nível de inundação não chegou a atingir dois andares. Para estes casos, a Força-Tarefa tem levado alimentação e água diariamente às famílias. O abastecimento se dá por meio de cordas e baldes para chegar até os apartamentos”.

Caramela é resgatada

Uma égua ilhada por quatro dias em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul foi resgatada ontem (9) por homens do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo. O animal foi sedado pelos militares e, em seguida, colocado em um bote. A situação da égua, que permanecia de pé sobre o telhado de uma casa rodeada por água no município de Canoas (RS), gerou comoção nas redes sociais.

 

Por Ana Cavalcante 

 

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