A Câmara Municipal de Campo Grande realizou ontem (10), audiência pública para debater o tema: “Tolerância Zero e Políticas Integradas na Segurança Pública”. O debate foi proposto pelo vereador Claudinho Serra, vice-presidente da Comissão Permanente de Legislação Participativa, que é composta também pelos vereadores Gilmar da Cruz (presidente), Ronilço Guerreiro, William Maksoud e Otávio Trad.
O presidente da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul), André Matsushita Gonçalves, lembrou que segurança pública é um dever de todos. E a Casa de Leis, como caixa de ressonância da população, também tem seu papel neste debate
“Somos nós os operadores da segurança pública. Essa discussão é muito importante, pois temos que ter em mente que Campo Grande é uma das cidades mais seguras do Brasil. Mas, precisamos manter essa situação. A Câmara, por estar mais próxima da população, também tem uma missão. Segurança pública é responsabilidade de todos e dever do Estado. A segurança não pode ser discutida sob viés ideológico”, afirmou.
Crimes contra o patrimônio
Segundo o coronel Emerson de Almeida Vicente, comandante do Policiamento Metropolitano da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, o trabalho da Polícia Militar tem contribuído para abaixar os índices de criminalidade na Capital
“Temos trabalhado muito. Hoje, os crimes contra o patrimônio e contra a vida tiram o sono das pessoas. E a população cobra das instituições. O assunto segurança pública é complexo e precisamos sempre buscar novos caminhos. As instituições vêm trabalhando muito”, garantiu.
Para o vereador Claudinho Serra, proponente do debate, a audiência visa ouvir os agentes da segurança pública para construir uma política de segurança efetiva em Campo Grande.
“A intenção dessa audiência é dialogar com a Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, como representantes da segurança pública, para extrair ideias e propostas que serão levadas aos bairros, ao empresariado. Levar isso adiante e dizer que, de fato, nós, enquanto Câmara Municipal, buscamos alternativas para a segurança”, garantiu.
O delegado João Eduardo Santana Davanço, titular das Depacs de Campo Grande, afirmou que Mato Grosso do Sul é exemplo de integração das forças de segurança pública. “A finalidade é sempre atender a população. As instituições agem dentro de suas atribuições. À Polícia Civil, cabe apurar e levar essas pessoas ao julgamento do Poder Judiciário. A Polícia só age dentro da legalidade, das leis, e por isso a importância de se discutir com a população e com o Poder Legislativo, já que é um assunto de toda a sociedade”, disse.
Em conjunto
Já o secretário Especial de Segurança e Defesa Social de Campo Grande, Anderson Gonzaga da Silva Assis, lembrou a importância da Guarda Civil Metropolitana nos debates.
“Somente este ano, foram 3.680 mulheres atendidas por violência doméstica. Estamos espalhados nas sete regiões de Campo Grande. As forças estão integradas, mas precisamos fortalecer e trabalhar com inteligência e troca de informações. A população não quer saber a cor da viatura: ela quer é ser atendida”, defendeu.
Por – Michelly Perez
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