Em Campo Grande, população fica sem o serviço de telefonia e internet por conta dos furtos de fios
A falta de internet nas residências gera muitos transtornos à população, mas as empresas alegam que também estão sendo prejudicadas, com reparos e multas milionários, sendo que o agente causador de todo esse problema é um só: furtos dos fios para comercialização ilegal do cobre. Para tentar achar uma solução para o caso, os representantes das empresas fornecedoras de internet se reuniram e já apresentaram a pauta até para o governador Eduardo Riedel (PSDB).
Atuante no trabalho antidrogas, o policial militar Marcelo Góes, conhecido como Cabo Goes, defende que os furtos dos fios foram a alternativa encontrada para o usuário de drogas conseguirem manter os vícios. O problema é que ainda não existe uma alternativa eficaz para atender a alta população de dependentes químicos em Campo Grande, prejudicando as empresas mesmo com os fios de internet não tendo valor comercial.
“Filhos de pobres ou pessoas carentes, ficam pelas ruas sendo dominados pela abstinência, enlouquecendo e adoecendo a cada dia. Organizamos essa comitiva empresarial e levamos até o governador para serem ouvidos, pois a causa da saúde pública não é caso de polícia. Enfermos mentais não ficam presos. Precisam ser internados contra suas vontades para resgate de suas dignidades e de suas sofridas famílias”, defende o ativista.
De acordo com o levantamento das empresas, os prejuízos vão de R$ 3 milhões a quase R$ 30 milhões, dependendo da quantidade de fios e cobertura da rede pela cidade. Além dos gastos com a manutenção dos pontos danificados, as empresas precisam lidar com as multas aplicadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), movidas pelos clientes prejudicados com a falta de internet.
O deputado estadual Antônio Vaz (Republicanos) foi quem agendou a reunião do grupo de empresários e o Cabo Góes com o governador. “Os furtos de fios prejudicam o fornecimento da internet ao causar interrupções no serviço, gerando altos custos de reparo e substituição para as empresas. Isso pode resultar na perda de receita, danos à reputação das empresas e impacto econômico geral”, disse o parlamentar ao Jornal O Estado.
Ele completa dizendo que está nítido o crescimento desse tipo de crime não só em Campo Grande, mas em todo Mato Grosso do Sul. “As operadoras precisam investir em medidas de segurança adicionais para mitigar esses prejuízos no Mato Grosso do Sul e na capital. Esse tipo de crime tem crescido assustadoramente, o que nos deixa muito preocupados, apesar dos cabos não serem de cobre, mas de fibra óptica, eles roubam pensando que é que é fio de cobre e isso acaba acarretando em multas da Anatel”, conclui.
Por Kamila Alcântara
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