Inflação desacelera em março, mas alimentos seguem pressionando preços

Preços dos alimentos voltam a subir e impactam orçamento das famílias brasileiras - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Preços dos alimentos voltam a subir e impactam orçamento das famílias brasileiras - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Prévia do IPCA indica alta de 0,64% no mês, com destaque para ovos e café; transportes também influenciam

A inflação no Brasil desacelerou em março, mas o custo da alimentação continua pesando no bolso do consumidor. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, avançou 0,64% no mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração em relação a fevereiro (1,23%), o índice acumula alta de 5,26% nos últimos 12 meses, superando a meta do governo, que tem um limite de 4,5%.

A principal pressão veio do setor de alimentos e bebidas, que subiu 1,09% no mês e respondeu por 0,24 ponto percentual (p.p.) do IPCA-15. Produtos como ovos (+19,44%) e café moído (+8,53%) tiveram os maiores aumentos. A alimentação no domicílio saltou de 0,63% em fevereiro para 1,25% em março, enquanto comer fora também ficou mais caro, com alta de 0,66%.

Outro fator determinante na inflação do mês foi o setor de transportes, que registrou alta de 0,92%. O aumento foi puxado pelos combustíveis (1,88%), com a gasolina avançando 1,83% e se tornando o subitem de maior impacto individual no índice (0,10 p.p.).

Por outro lado, setores como habitação (0,37%) e educação (0,07%) desaceleraram após reajustes no mês anterior. Mesmo assim, o acumulado de 12 meses do IPCA-15 alcançou seu maior patamar desde março de 2023, quando estava em 5,36%.

O Governo Federal monitora a inflação dos alimentos e adotou medidas para conter os aumentos, como a redução do imposto de importação sobre itens como o café. A expectativa, segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, é de que os preços possam começar a recuar nos próximos meses.

O IBGE divulgará o IPCA completo de março no dia 11 de abril. Esse índice servirá de base para a política monetária do Banco Central, que busca manter a inflação dentro da meta de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos.

 

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