Governo busca parcerias com setor privado para acelerar atendimento no SUS, diz Padilha

Fotos: Walterson Rosa/MS
Fotos: Walterson Rosa/MS

Proposta será apresentada pelo Ministério da Saúde e terá como foco ampliar o acesso a consultas, exames e cirurgias com qualidade e agilidade, incluindo parceria com o setor privado 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira (29/4) que o Governo Federal está desenvolvendo um novo modelo de gestão para reduzir o tempo de espera por atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) . A proposta prevê a ampliação de parcerias com hospitais privados, operadoras de planos de saúde e estruturas da medicina suplementar, com o objetivo de acelerar o acesso da população a consultas especializadas, exames e cirurgias.

O anúncio foi feito após reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. “Eu vim aqui hoje apresentar ao presidente Lula um quadro geral dos nossos esforços para garantir o atendimento de qualidade e no tempo certo para os usuários do SUS, que, como vocês sabem, é uma obsessão deste governo”, afirmou Padilha.

De acordo com o ministro, a ideia é aproveitar a capacidade instalada — muitas vezes ociosa — dos hospitais e ambulatórios privados. Um estudo inédito, realizado em parceria com a Faculdade de Medicina da USP e que será divulgado nos próximos dias, aponta uma forte concentração de médicos e médicas especialistas na rede privada de saúde, muitas vezes em instituições que não prestam atendimento ao SUS.

“Um dos principais compromissos do presidente Lula é garantir que a população brasileira tenha acesso ao atendimento médico especializado no tempo certo, especialmente em casos graves como o câncer. Para cumprir essa meta, estamos trabalhando em um redesenho estratégico das parcerias com o setor privado, com o objetivo de ampliar a oferta de serviços e reduzir o tempo de espera no Sistema Único de Saúde”, destacou Padilha.

A medida visa garantir o cumprimento dos prazos legais de atendimento, como o diagnóstico de câncer em até 30 dias e o início do tratamento em até 60 dias. “Queremos mudar essa realidade. Isso significa integrar mais esses profissionais e serviços ao atendimento público. O importante é garantir que o cidadão receba o cuidado de que precisa, no tempo certo e com qualidade. Essa é a nossa obsessão e vamos seguir trabalhando firmemente para alcançar esse objetivo”, completou o ministro.

Durante a pandemia, muitos procedimentos foram adiados, o que gerou um represamento de cirurgias, exames e diagnósticos que hoje pressiona o sistema público. Segundo Padilha, a integração com o setor privado é fundamental para enfrentar esse passivo com eficiência e agilidade.

O presidente Lula autorizou que o Ministério da Saúde, em conjunto com a Casa Civil e outros ministérios, avance na construção de propostas concretas. “Estamos montando essas iniciativas e esperamos anunciá-las em breve, honrando o compromisso do presidente Lula”, ressaltou Padilha.

O ministro afirmou, ainda, que tem urgência em fazer essas ações acontecerem logo. “Tudo o que já estava sendo planejado está sendo acelerado. Um exemplo é a entrega de novos equipamentos de radioterapia em unidades do SUS por todo o país, o que vai permitir reduzir o tempo de espera para o início do tratamento. Também estamos em tratativas com o Hospital AC Camargo, uma das maiores referências em oncologia no Brasil, para que possa estabelecer parcerias com o SUS e contribuir com o diagnóstico de câncer”, destacou o ministro ao informar que as medidas serão implementadas ainda este ano.

“Nosso foco é garantir, já neste ano, que mais pessoas tenham acesso ao atendimento médico especializado no tempo adequado. Esse é o esforço que estamos liderando com determinação, para que a população sinta os resultados o quanto antes”, concluiu Padilha.

Com informações da Agência Gov.

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