O Brasil ocupa posição de destaque no cenário global de energia renovável. Segundo relatório divulgado nesta terça-feira (22) pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês), o país possui um dos menores custos médios de produção de energia eólica em terra no mundo: US$ 30 por megawatt-hora (MWh). O valor é inferior à média global, de US$ 34 MWh, e coloca o Brasil atrás apenas da China, que lidera o ranking com US$ 29 MWh.
De acordo com o relatório, o custo médio da energia eólica no Brasil caiu 75% desde 2010, quando o preço chegava a US$ 122 MWh. A redução é atribuída, entre outros fatores, à expansão da cadeia de suprimentos nacional, que tornou o processo de instalação e operação mais eficiente e barato. Desde 2010, o custo da instalação de parques eólicos caiu 58% no país.
Além da energia dos ventos, o Brasil também se destaca na produção de energia solar. O custo médio da eletricidade gerada por painéis solares no país é de US$ 36 MWh — abaixo da média mundial, de US$ 43 MWh. Em 2015, esse valor era de US$ 180 MWh, o que representa uma queda de 74% em menos de uma década.
Impacto ambiental e econômico
O estudo da IRENA também estima os benefícios econômicos e ambientais obtidos pelo país com a transição para fontes limpas. Somente com o uso de energias renováveis, o Brasil economizou cerca de US$ 28,3 bilhões em importações e uso de combustíveis fósseis. Além disso, foram evitados aproximadamente US$ 3,9 bilhões em danos causados pela poluição do ar.
Os dados reforçam o protagonismo do Brasil no setor de energia limpa e mostram o potencial do país para avançar ainda mais em direção a uma matriz energética sustentável, ao mesmo tempo em que reduz custos e promove benefícios ambientais e econômicos de longo prazo.
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