Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou ontem (6), que irá manter a indicação do uso da vacina Janssen contra a COVID-19, no Brasil. A decisão foi anunciada um dia após a FDA (Agência de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos), limitar o uso do imunizante devido ao risco de desenvolvimento de uma rara síndrome de coagulação do sangue.
O Ministério da Saúde possui hoje um estoque de 8,8 milhões de doses da Janssen, contudo, nenhum lote foi repassado aos estados.
Em nota, a Anvisa declarou que os benefícios superam os riscos e enfatizou que as vacinas são seguras.
“Até o momento, os benefícios superam os riscos para todas as vacinas aprovadas pela Anvisa. Assim, neste momento, a Agência não identifica a necessidade de ações regulatórias quanto à vacina da Janssen ou qualquer outra”, ressalta o comunicado da Anvisa.
Conforme a agência ficará a cargo do Ministério da Saúde definir qual imunizante será priorizado na campanha de vacinação. Contudo, a pasta administrada por Marcelo Queiroga ainda não se manifestou sobre o uso da vacina Janssen.
A Anvisa esclareceu ainda que a medida foi determinada após reunião com a FDA para avaliar os dados sobre a vacina.
“Durante a reunião, foi informado que não há nova preocupação de segurança, mas diante do risco raríssimo de TTS [ trombose com síndrome de trombocitopenia], o FDA entende que a utilização de outras vacinas naquele país devem ser priorizadas”, afirmou o órgão brasileiro.
Em relação aos riscos, a agência ressaltou que vacinas de adenovírus possuem essas informações descritas em bula aprovada pela Anvisa. “São casos raríssimos, que geralmente ocorrem após exposição à primeira dose com vacina desta plataforma”, disse.
De acordo com a FDA, agência dos EUA, o uso da Janssen pode ser administrada nos casos em que as vacinas autorizadas ou aprovadas contra COVID-19, não estiverem acessíveis.
Nos EUA, além da vacina Janssen, o país aprovou outros dois imunizantes, Moderna e Pfizer. Em janeiro deste ano, a FDA alterou a ficha técnica da vacina da Janssen e incluiu o risco de trombocitopenia imune, medida que também foi adotada pela União Europeia.
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Com informações da Folhapress.