Agência Nacional do Petróleo arremata 59 blocos exploratórios por R$ 422 milhões

Plataforma semi-submersível P-20 - Foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras
Plataforma semi-submersível P-20 - Foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras

A Agência Nacional do Petróleo realizou hoje (13) a sessão pública do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC). Foram arrematados 59 blocos exploratórios, em seis bacias, que geraram R$ 422.422.152,64 em bônus de assinatura – um ágio de 854,84% – e resultarão em, pelo menos, R$ 406.290.000,00 em investimentos somente na primeira fase do contrato (fase de exploração).

Em função da diversidade dos blocos arrematados, os investimentos ocorrerão em seis estados: Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná. Os blocos foram arrematados por um total de 13 empresas, sendo uma delas nova entrante no país (CE Engenharia).

O Diretor-Geral da ANP, Rodolfo Saboia, destacou o sucesso dos resultados. “O resultado do leilão de hoje superou as melhores expectativas. Em primeiro lugar, obtivemos arrecadação recorde em ciclos da Oferta Permanente, o que consolida esse modelo como a principal forma de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural. Também obtivemos recorde na quantidade de blocos arrematados nesse modelo, acrescentando 7,855 mil km² de área exploratória. E o que é mais importante, obtivemos recorde nos compromissos de investimentos mínimos. Esses investimentos vão resultar em atividade econômica, emprego e renda para os brasileiros”, afirmou.

Saboia ressaltou ainda a ampliação do espaço de pequenos e médios produtores “Isso é algo estimulado pela ANP, pois essas empresas são aquelas que tradicionalmente adquirem mais bens e serviços locais. Destaco ainda a retomada da exploração no estado de Alagoas e o resultado dos blocos marítimos. Foram oito blocos arrematados, com competição, em fronteira exploratória da Bacia de Santos. Enfim, considero o resultado realmente excepcional para o Brasil. É uma mostra de que o país continua competitivo, atraindo investimentos exploratórios, com diversidade de agentes, nacionais e estrangeiros, mesmo em um cenário de transição energética. E é uma mostra também de que há muita exploração a ser feita além do Pré-sal”, concluiu.

Este foi o 3º Ciclo realizado no regime de concessão. No 1º Ciclo, que ocorreu em 2019, foram arrematados 33 blocos e 12 áreas com acumulações marginais, que geraram arrecadação de R$ 22,3 milhões em bônus de assinatura e R$ 320,3 milhões em investimentos. Já no 2º Ciclo, em 2020, foram arrematados 17 blocos e uma área com acumulações marginais, e gerados R$ 56,7 milhões em bônus de assinatura e R$ 160,6 milhões em investimentos.

No regime de concessão, os vencedores são definidos por dois critérios: bônus de assinatura (80%) e programa exploratório mínimo – PEM (20%) oferecidos pelas licitantes.

Os bônus são os valores em dinheiro ofertados pelas empresas, a partir de um mínimo definido no edital, e são pagos pelas vencedoras antes de assinarem os contratos. Já o PEM, medido em unidades de trabalho (UTs), define um mínimo de atividades que a empresa se propõe a realizar no bloco durante a primeira fase do contrato (fase de exploração), como sísmicas, perfurações de poços. Com informações da ANP. 

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