Os avanços tecnológicos surgem de forma rápida e constante, com eles novas oportunidades aparecem com o objetivo de facilitar, de modo geral, a vida das pessoas. No ambiente profissional não é diferente, a tecnologia proporciona maneiras de se obter redução de custos, ganho de produtividade, redução de desperdícios, entre outros fatores. Nesse âmbito, entra em ênfase o início do teletrabalho ou home office. Ainda que não seja um surgimento recente, o tema entrou em evidência há poucos anos.
É difícil identificar o momento exato em que o teletrabalho manifestou-se. Indícios apontam que os primeiros registros desse modelo de trabalho tenham surgido por volta de 1857, nos Estados Unidos, quando John Edgar Thomson, proprietário de uma estrada de ferro, usou o sistema interno de telégrafo de sua empresa para chefiar os colaboradores que se encontravam distantes. Também há evidências dessa forma laboral na Inglaterra, em 1962, quando Stephane Shirley, pioneira em tecnologia da informação, criou uma empresa denominada Freelance Programmers, a qual desenvolvia softwares para outras organizações. Stephane dirigia a empresa de sua própria casa.
A relação mais gerencial do teletrabalho se torna notória em 1970, por meio de Jack M. Nilles, que na época era Secretário do Comitê de Investigação da Aerospace Corporation, e desenvolveu um estudo sobre essa modalidade de trabalho, nomeando-o primeiramente de telecommuting e posteriormente de telework, com o objetivo de ressaltar o tempo percorrido pelos colaboradores para se deslocarem de suas casas até o local da empresa, em virtude o enorme problema com o trânsito no sul da Califórnia, local onde ficava situada a empresa em que Nilles trabalhava.
Anos depois, já em outra empresa, Jack Nilles implantou o projeto que tratava do desenvolvimento de políticas de relacionamento entre telecomunicação e transporte. Obteve resultados satisfatórios com o projeto, que deu origem, em 1974, ao livro “The telecommunications-transportation tradeoff”.
O teletrabalho, em plena expansão no Brasil, surge como uma modalidade facilitadora tanto para o empregador quanto para os colaboradores, porém exige que tanto a empresa quanto o teletrabalhador possuam uma boa conexão com a internet, por exemplo, além de disponibilizar softwares, sistemas de informações, entre outras ferramentas que sirvam de auxílio à comunicação e execução do trabalho. (Lucineide Cruz)
Lucineide Cruz: Mestra em Liderança; especialista em Marketing Empresarial; especialista em Gestão de Recursos Humanos; bacharel em Ciências Econômicas.