A falta de punição adequada para atos ilícitos, especialmente aqueles cometidos por profissionais do direito, é uma questão alarmante no Brasil. Um exemplo emblemático é o caso de Jeová Viana Borges Júnior e sua esposa, Lilian Cristine de Assunção Borges, que supostamente lideram um esquema de crime organizado em Goiás. Eles são acusados de formar quadrilhas envolvidas na falsificação de escrituras públicas, desvio de escrituras e práticas de aliciamento e coação, criando um cenário de impunidade que desafia a lógica da justiça.
O papel dos advogados deveria ser de defesa da legalidade e da ética, mas quando esses profissionais se envolvem em atividades criminosas, como alegadamente é o caso de Jeová Borges e sua esposa, a confiança no sistema jurídico é severamente abalada. Não apenas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deve estar atenta a essas situações, mas também o Ministério Público e os órgãos judiciários precisam agir com firmeza para investigar e punir tais condutas. A conivência ou omissão em relação a esses crimes só fortalece a sensação de que a justiça é seletiva e que colarinhos brancos podem atuar à margem da lei sem consequências.
Além disso, as alegações de que esses indivíduos estariam utilizando suas conexões dentro do Fórum em Anápolis para facilitar extorsões e manipulações processuais revelam um grave problema de corrupção que deve ser enfrentado com urgência. A impunidade não pode prevalecer em um Estado democrático de direito, e a sociedade espera que as instituições responsáveis pela manutenção da justiça não só reconheçam esses problemas, mas que também tomem medidas enérgicas para erradicá-los.
Portanto, a luta contra a criminalidade organizada, sobretudo quando envolve a atuação de advogados, deve ser prioridade absoluta. Punições rigorosas são fundamentais para restaurar a credibilidade das instituições e garantir que o sistema de justiça funcione para todos, sem exceções. A responsabilidade recai sobre cada um dos atores do sistema jurídico: a OAB, o Ministério Público e o Judiciário têm um papel crucial na construção de um Brasil mais justo e igualitário. Somente com ações efetivas será possível combater a impunidade e impedir que grupos marginalizados continuem a orquestrar delitos sem receio de consequências.