Wicked! Filme musical retrata amizade improvável no Reino de OZ, muito antes da chegada de Dorothy

Foto: divulgação
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Mágica, cenários brilhantes e coloridos e muita música retirada diretamente dos palcos da Broadway. Esses são os principais elementos de ‘Wicked’, aguardado longa que estreia nesta quinta-feira (21), inspirado no musical de mesmo nome (que também tem sua versão brasileira!), que reinventou a clássica história de ‘O Mágico de OZ’, e questiona a amizade, o que realmente significa ser bom ou mal e a importância de ter orgulho em ser ‘diferente’.

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‘Wicked’ é um prelúdio de ‘O Mágico de OZ’, com acontecimentos anteriores a chegada de Dorothy ao mundo mágico. Tanto no musical quanto no filme, conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste: Elphaba é uma jovem do Reino de OZ, mas sofre o escrutínio da população pela cor de sua pele e por ainda não ter descoberto seus poderes. Ao começar os estudos na Universidade Shiz, ela encontra Glinda, uma jovem popular, ambiciosa e egoísta, que apenas quer manter seus privilégios. Mesmo muito diferentes, as duas iniciam uma amizade, que poderá ser estremecida pelo desejo de Glinda ao poder e popularidade, e de Ephalba em permanecer fiel aos seus princípios e ideologias sobre o tratamento das minorias em OZ.

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O longa é estrelado pelas icônicas Cynthia Erivo, interpretando Elphaba e Ariana Grande como a popular Glinda. Se você não mora embaixo de uma pedra, o nome Ariana Grande não é desconhecido, principalmente para um público mais jovem. A atriz de 31 anos tem uma carreira consolidada no mundo da música, com 10 anos de estrada, dois Grammys na estante, e uma das figuras mais influentes da música pop da atualidade.

Erivo também não é estreante, nem na televisão, nem na Broadway. Em 2015, sua estreia no teatro, deu vida a Celie Johnson, em ‘A Cor Púrpura’, que a rendeu um Tony Awards na categoria de Melhor Atriz Principal em um Musical, além de um Grammy pela trilha sonora e um Emmy, pela apresentação do musical em um programa de televisão. Em 2019, ela recebeu aclamação da crítica especializa pelo papel no filme ‘Harriet’, pelo qual foi indicada ao Oscar, Globo de Ouro, SAG Awards e Critics’ Choice Movie Awards.

O trama é completada por Jeff Goldblum, Michelle Yeoh, Peter Dinklage, Jonathan Bailey, Bower Yang, Marissa Bode, Keala Settle e Ethan Slater. A direção fica a cargo de Jon M. Chu, responsável por filmes bem diferentes um do outro como GI Joe: Retaliação, Truque de Mestre 2 e Podres de Rico.

Espera que valeu a pena

Uma adaptação de Wicked para o cinema era comentada em Hollywood desde 2004. De lá pra cá muitas datas foram comentadas para a estreia, muitos nomes também foram cotados para as protagonistas, as foi em 2021 que Jon M Chu foi anunciado como o diretor definitivo e que Grande e Erivo foram definitivamente escaladas para o papel das protagonistas.

E a espera está rendendo: o filme emplacou 99% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, com mais de 2.500 avaliações e 91% de aprovação da crítica especializada, com 127 avaliações.

“Wicked encantará os fãs da produção teatral como uma adaptação fiel”, diz Katie Walsh, do Los Angeles Times.

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“Wicked pertence a Erivo… Seus olhos são uma janela expressiva para a vida de mágoa e exclusão ou orgulho desafiador e raiva do personagem, às vezes abrangendo esse alcance e muito mais em uma cena, música ou leitura de uma única linha”, destaca David Rooney, da Hollywood Reporter.

A performance de Ariana Grande também foi comentada como destaque no filme pelos críticos especializados. “Ariana Grande, em um papel que define sua carreira, está encantadora como a alegre e ambiciosa Galinda. Sua interpretação de “Popular” é o destaque de todo o filme”, Linda Marric, do portal HeyUGuys; “Grande, adorável em seu maior papel no cinema até agora, representa essa qualidade com uma generosa pitada de açúcar e instintos cômicos atraentes”, pontua Rooney.

É importante destacar que ‘Wicked’ é baseado no romance de 1995 de Gregory Maguire, ‘Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West’, e que sua adaptação cinematográfica foi divida em duas partes, com previsão de lançamento para 2025. Muita história para contar ou apenas uma jogada de marketing?

A adaptação para o teatro foi realizada em 2003, com Idina Menzel como Elphaba, Kristin Chenoweth como Glinda e Joel Grey como o Mágico. Foram mais de 7 mil apresentações e a produção venceu três Tony Awards e um Grammy. As músicas ‘Popular’ e ‘Defying Gravity’ até hoje são os maiores sucessos do musical, e serão repetidas na versão para as telonas.

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A moda de OZ

Além da espera para o filme, o figurino foi um dos pontos de grande relevância e preparação, e levou quase dois anos para o resultado que veremos no cinema. O figurino é assinado por Paul Tazewall, grande nome da Broadway, vencedor de um Tony Award, um Emmy Award e uma indicação ao Oscar.

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Foram mais de mil peças criadas para as duas partes do filme. ““Fazíamos provas diariamente. Eu precisava entender como elas queriam desempenhar esses papéis, e há muito trabalho que acontece nos provadores, observando a linguagem corporal e como elas se sentem na peça. Não posso criar no vácuo, meu trabalho tem que ganhar forma por meio dos por artistas”, contou em entrevista à Hello!

Ainda conforme a entrevista, um dos vestidos usados por Grande levou 225 horas para ser costurado, a partir de 20 mil contas bordadas no corset. Tazewall também revelou que durante as gravações, as roupas foram ganhando outros ajustes e um dos pedidos das protagonistas foram grandes saltos. “Nenhuma delas é muito alta e isso lhes deu uma certa estatura. Sinto que Cynthia queria sentir essa elevação, pois [sua personagem] se tornou mais poderosa”.

Rende e rende

Após o fracasso do musical ‘Cats’, a Universal apostou suas cartas em Wicked e parece que esse irá vingar: conforme dados da Deadline, a pré-venda nos Estado Unidos já superou os US$ 30 milhões, elevando as expectativas para um primeiro fim de semana que pode chegar aos US$ 200 milhões na bilheteria mundial, com uma arrecadação projetada entre US$125 milhões e US$150 milhões nos Estados Unidos, além de US$40 a US$50 milhões no restante do mundo.

 

Por Carolina Rampi

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