Vozmecê: cai na estrada para viver de música no Sul do País

Foto: Divulgação
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Duo campo-grandense cai na estrada para viver de música no Sul do Brasil

Vozmecê, o duo formado pela musicista Ana Maria Schneider e pelo músico Pedro Fattori é já conhecido na cena campo-grandense e se destaca muito por misturar elementos da música regional com outros gêneros, em especial o forró, animando a noite e as ruas da Capital. Entretanto, o casal se arrisca por outros gêneros musicais e, agora, cai na estrada para passar um período vivendo de música pelo Sul do Brasil.

Hoje casados, Ana e Pedro se conheceram em 2018. Antes de começarem o namoro, Ana e Pedro já gravavam vídeos cantando juntos. Depois, começaram a se relacionar e, em seguida, no mês de dezembro daquele ano, criaram o Vozmecê. “Na verdade não começamos pela música ao certo, com a banda, com o projeto musical. Eu faço faculdade de música, o Pedro já teve muitas bandas e tudo mais. Acho que nos unimos pela índole e começamos a nos relacionar e, depois de pouco tempo, a gente fundou o Vozmecê”, conta a cantora.

Influências

Ana Maria explica que sua família é culturalmente humilde e que, consequentemente, isso acabou não proporcionando muitas influências musicais. “Eu não tive muitas influências familiares. A minha família é humilde, culturalmente falando. Eu falo aqui de estímulos, mas eu sempre tive uma sensibilidade muito legal para com a arte desde sempre. Comecei a ser fã de compositores, que acabaram me inspirando muito e me fazendo querer estar na música”, relembra.

“Eu já estudei piano, e inclusive, eu hoje eu estou na faculdade de música, eu entrei com piano e tive essa vivência no instrumento, mas atualmente atuo bastante no canto e percussão”, comenta a artista sobre ser, também, instrumentista.

Pedro, por sua vez, conta que já teve influência musical desde pequeno. “Eu já tive uma influência porque na minha casa, minha mãe era da igreja e quando estava no coral, eu cresci ouvindo minha mãe fazendo segunda voz, e isso já foi influenciando e eu peguei um um ouvido voltado pra fazer segunda voz. Fui aprendendo naturalmente, sem muito esforço, e isso influenciou desde desde criança a criar uma naturalidade musical”.

Experimentação

O estilo musical do duo é bastante plural e passeia pela música latina, pela música brasileira, e tem elementos da música regional. E o casal fala sobre isso. “As pessoas que nos escutam nos bares podem achar que a gente é mais pro forró porque a gente faz esse trabalho cover. Na verdade, nossa música autoral é até um tanto distante disso, porque a gente tem exatamente a coisa da pluralidade, que gostamos muito e temos explorado vários estilos sul-americanos”, conta Ana.

E o casal quer explorar outras vertentes musicais. “Temos nos voltado para esse caminho. Não que já esteja assim bem definida a coisa. Mas, por exemplo, gostamos de ritmos regionais, da influência do rock, viemos das bandas de rock, crescemos nessa escola, eu diria até de uma cultura hegemônica mundial, da música global que foi o rock, foi o pop e, a partir do momento em que a gente toma consciência de que não existem só as músicas mais hegemônicas”.

Com base na polca-rock, o duo lançou recentemente o single “Fêmea”, que aborda questões feministas. “E essa é do feminismo em si. É um assunto que está no meu dia a dia, que eu cultivo, nos estudos e na vivência, o assunto do feminismo, das diferenças simbólicas, que eu vejo nas próprias maneiras como as pessoas se tratam e assim”.

Caindo na estrada

Essa semana o casal decidiu cair na estrada e sair em turnê pelo sul do Brasil, em um motorhome e vivendo de música. “A gente está numa turnê que, já faz uns quatro anos, a gente se joga na estrada e vive só da nossa música. Ou seja, gostamos bastante de explorar os lugares turísticos do Brasil, principalmente no litoral até agora. A gente chega, arma nosso próprio palco improvisado na rua, cativa um certo público ali, que tá passando, que são os turistas, que já tão ali pra curtir. E aí a gente faz os nossos shows em cada cidade que a gente pára, e vai tocando a viagem. E tudo isso acontece no na época de altas temporadas”, explica Ana.

Para o próximo ano, os planos são “compor e lançar com mais frequência no Spotify, nas plataformas digitais, porque eu acho que eu falei no começo sobre a questão do forró que, por exemplo, a gente fez até agora, a gente viveu de música, de barzinho, de fazer música e, por ter que viver de barzinho, o forró foi muito importante para a gente conseguir ser aceito no nos bares e conseguir ter dinheiro para sobreviver”, adianta a cantora.

Além disso, o duo pretende investir no trabalho autoral para o próximo ano, inclusive, porque atualmente, o foco do casal é a participação no FUC (Festival Universitário da Canção), da UFMS. “Estamos participando com a minha música ‘Movimento Espiral’, que é outra polca-rock e ficou entre os doze selecionados, daí, agora, a gente tem que correr atrás para pedir voto para ganhar o prêmio de R$ 8 mil, que é o de melhor canção popular.”

O duo pode ser encontrado nas redes sociais como @vozmece.

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