Sarau do Alfredão: Onde o sábado realmente acontece

O sábado é sinônimo de descontração e balada. Mas que tal você poder começar a ter esse desfrute ainda durante o dia? Assim é no Sarau do Alfredão. A casa onde se encontram pessoas de todas as idades, com boa música, comida, futebol e bate-papo.

No coração do bairro Tiradentes, o Sarau abre somente aos sábados, a partir do meio-dia, e prossegue até as 20h. No local há dois ambientes, um deles interno, climatizado e cercado por duas varandas, para quem prefere ficar um pouco mais afastado do som da música. Por falar no aspecto musical, são dois grupos que se apresentam no dia. Da abertura até as 16h, o frequentador tem a banda, atualmente é o Sambadoniran, que toca músicas brasileiras, e claro, Adoniran Barbosa, mesclado com estrangeiras e outros estilos. Em seguida entra a Banda do Sarau, com repertório que varia de sertanejo, MPB e flashback.

Com esses ingredientes ainda tem o almoço, quando é servida uma das melhores feijoadas de Campo Grande, no estilo self-service, ao preço de R$ 38,00. Para aqueles que preferem outro estilo de aperitivo, tem pratos diferenciados como filé e um pastel variado para o tira-gosto.

A casa é comandada pelo casal Alfredo Gomes, delegado de Polícia Civil aposentado, e por sua esposa, Lane Ferreira, contabilista rural. Alfredo relata que tudo começou sete anos atrás, quando decidiu fazer um encontro em sua residência. Num primeiro momento foram perto de dez pessoas. Com o passar do tempo o encontro foi tomando corpo, chegando a ter mais de 100 amigos reunidos. Como ele tinha um imóvel parado, decidiu então dar uma repaginada no local e ter um lugar fixo. Isso ocorreu em 2014, e desde então o Sarau do Alfredão se mantém na Avenida Rouxinol, 544.

O casal Lane e Alfredo faz questão de sempre recepcionar os frequentadores. Pode ser até aqueles que chegam pela primeira vez e, com certeza, já se sentem como se estivessem na casa de um conhecido. Ao comentar os diferenciais do Sarau, Alfredo Gomes, de imediato, faz questão de tocar no ponto primordial para muitos em um sábado à tarde.

“A cerveja é estupidamente bem gelada. Temos garrafas de 600 ml de várias marcas, em que o preço varia de R$ 10 a R$ 15. Sem contar algumas promoções especiais. Quem preferir long neck também tem. Outras bebidas? Com certeza, como uma cachaça especial batizada de “mijadinha”, uísque, vinho e sem falar na jarra de sangria [bebida espanhola com vinho e frutas]. O couvert não pesa no bolso: R$ 10 por pessoa”, define.

Uma curiosidade no Sarau do Alfredão é o seu público, o qual Alfredo classifica como um pessoal de meia-idade já realizado na vida. Mas também tem o componente de ter um público jovem misturado àqueles mais experientes. E ainda tem algo interessante, pois existem grupos, famílias, casais ou amigos que apenas vão almoçar e depois se retiram. Mas também existem aqueles que chegam e permanecem até o fim, dançando, conversando e muitas vezes assistindo ao seu time do coração na TV ou no telão montado em uma das varandas. “O Sarau do Alfredão é um plano alternativo para a sociedade campo-grandense dançar, curtir muito no horário vespertino e parte da noite do sábado”, resume Alfredo.

Não podemos deixar de citar Lane Ferreira, que ao lado do marido recepciona seus convidados. Com um detalhe: ela faz questão de sempre estar perto e acompanhando a preparação da comida para que tudo fique saboroso. Além disso, aproveita para dar uma canja musical, afinal é um sarau.

No que diz respeito à decoração, Lane ressalta que os detalhes em sua maioria foram feitos com materiais reciclados para dar um ar mais clean ao ambiente. Como ela faz questão de acompanhar a preparação das comidas, salienta que a natureza sempre está presente, mesmo porque as ervas utilizadas nos temperos são da própria horta do Sarau, o sal não é refinado e sim marinho, e após o uso do óleo, uma única vez, ele segue para reciclagem.

(Texto: Alberto Gonçalves)

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