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Encantamento
Espetáculos e oficinas
andam juntos no evento
que encanta e trabalha
com a arte de fazer rir (Foto: Arquivo Pessoal)
Encantamento Espetáculos e oficinas andam juntos no evento que encanta e trabalha com a arte de fazer rir (Foto: Arquivo Pessoal)

VIII Mostra Pantalhaç@s traz oficinas com artistas internacionais e espetáculos com companhias de cinco Estados

A partir de hoje até o domingo (2), a Pantalhaç@as (Mostra de Palhaç@s do Pantanal) realiza três oficinas de forma gratuita para promover a arte da palhaçaria, ministradas por artistas nacionais e internacionais, no Centro Cultural José Octavio Guizzo.

As oficinas fazem parte da VIII PANTALHAÇ@S, que ainda trará diversas apresentações culturais de artistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Brasília, Paraná, Tocantins e da Argentina.

A Pantalhaç@s é realizada pelo Circo do Mato em parceria com o Flor e Espinho. Um dos idealizadores da mostra, o palhaço e ator Anderson Lima, do Flor e Espinho, destaca a importância dessas oficinas para o aprimoramento dos artistas locais e para a troca cultural que enriquece o repertório dos participantes.

“Vejo que as oficinas são importantes no aspecto de contribuir para que os artistas consigam aperfeiçoar o seu trabalho, capacitar, ver coisas novas no fazer, uma vez que elas trazem experiências diferentes para pessoas com grande trânsito no meio da palhaçaria, com experiências internacionais e faz com que a gente esteja sempre se capacitando, melhorando o nosso trabalho e o que reverte para o público sempre uma qualidade melhor naquilo que é feito por aqui,” afirma Anderson.

O idealizador ainda ressaltou que a mostra pretende fortificar a arte da palhaçaria em Mato Grosso do Sul, para haver um aumento de público e mudança de ideias acerca da profissão.

“Uma das expectativas nossas para esse ano, é ajudar e contribuir para o fortalecimento do setor, da cadeia produtiva da palhaçaria. Esse ano estamos focando nas oficinas, há a oficina internacional com a Maku, que é da Argentina, e que possui um grande respeito no mundo da palhaçaria internacional, não só da América Latina, como na Europa. Então, são oficinas que irão fortalecer o setor, a melhoria do trabalho local, e a gente imagina que uma vez que os espetáculos locais melhorem, o público se interesse mais, e todo o setor ganha”, explicou Lima.

“A gente também consegue quebrar o esteriótipo da palhaçaria, porque tem gente que acha que chamar uma pessoa de palhaço é um ‘palavrão’, uma ofensa. Queremos tornar a palhaçaria mais fluente ao público, para que aos poucos se entendam que é uma profissão”, disse ao jornal O Estado.

“Independente do tema que o palhaço irá trabalhar, o que se constrói é uma atmosfera de alegria, de encantamento. Ou pode ser uma estética que irá promover uma explosão de riso, ou pode ser um espetáculo que irá para um encantamento poético, para algo mais simbólico. Porém, seja o que for, estamos buscando sempre trabalhar com as emoções, que trazem uma sensação de paz, de contentamento com o espírito, esse é o grande ofício do palhaço. Tem artistas que vão para o lado da crítica, de um trabalho mais acido, ainda é construído para alegria. Independente da linguagem, o público deve sair sorrindo, com mais esperança e crença na vida”, finalizou Lima.

Oficinas

Conforme a programação da mostra, serão três oficinas ao todo. Na quarta-feira (29), será realizada a oficina “A verdade do palhaço: palhaçaria com técnicas teatrais”, ministrada pelo artista Rafael Senna, o Palhaço Mussarela, das 8h às 12h.

A aula será voltada para adultos a partir dos 20 anos, com objetivo de explora a arte da palhaçaria com técnicas teatrais. Rafael Senna, com uma vasta experiência em países como Brasil, Argentina, Suécia, Arábia Saudita, França e Alemanha, entre outros, traz uma metodologia única e enriquecedora. A exigência do uso de roupas pretas, grandes, compridas e fechadas pelos participantes visa criar um ambiente de foco e uniformidade, facilitando o aprendizado e a prática das técnicas ensinadas.

No dia seguinte, na quinta-feira (30), será a vez de Naomi Silman, do LUME Teatro, trazer a oficina “Vivência: a beleza do ridículo – Introdução à Palhaçaria”, das 9h30 às 12h30. Com 28 anos de experiência no LUME Teatro, a londrina irá oferecer uma oficina para maiores de 16 anos, com introdução ao estado sensível do ridículo, prazer do jogo e diferentes qualidades corporais que compõem a figura única e pessoal do palhaço. Elementos como respiração, impulsos físicos, sensações no corpo, foco, olhar, relação com o público e expressão corporal são abordados para proporcionar uma experiência completa e enriquecedora.

Já na sexta-feira (31) e no sábado (1º), a artista Payasa Maku Fanchulini ministra a aula “Partitura Física para Palhaçxs – A Descoberta do Corpo Cômico”, das 9h às 11h. Destinada a adultos a partir dos 20 anos, esta oficina de 4 horas conduz os participantes pela pesquisa sobre desarticulação, criação e escrita dramatúrgica de cenas cômicas silenciosas. Payasa Maku Fanchulini trabalha com os canais de comunicação como gesto, movimentos, som, ruído e palavras, além dos tônus musculares e dinamismos, promovendo uma exploração profunda do corpo cômico.

O festival, com sua programação diversificada e de alta qualidade, com inúmeras apresentações que compreendem o universo da palhaçaria e promete uma experiência enriquecedora para todos os participantes, proporcionando o aprimoramento técnico e artístico dos envolvidos.

A Pantalhaç@s conta com recurso do FIC (Fundo de Investimentos Culturais), via edital da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio do Governo do Estado.

Programação

Quarta-feira (29 de maio)

14h30h Brincante
Palhaço Muzzarela (Rio de Janeiro/RJ)
ETI Iracema Mª Vicente – R. Rotterdan, 2053 – B Rita Vieira

16h30 Mixiriquinha
Palhaça Mixirica (Campo Grande/MS)
Sala Rubens Corrêa – Centro Cultural José Octávio Guizzo

19h30 – Abertura Oficial

20h – O Não-Lugar de Ágada Tchainik
Naomi Silman – Lume Teatro (Campinas/SP)
Teatro Aracy Balabanian

Quinta-feira (30 de maio)

14h – Mesa Redonda
Pedagogia do Riso E-book entrevista
Centro Cultural José Octávio Guizzo

17h – Pipockét Pernalhaça
TruPior – Dourados/MS
Centro Cultural José Octávio Guizzo

18h – O Grande Salto
Cia. Theastai – Dourados/MS
Centro Cultural José Octávio Guizzo

20h – Gran Cirque Brado
Circo Caramba e Damião e Cia (Americana e Campinas/SP)
Teatro Aracy Balabanian

Sexta-feira (31 de maio)

Mesa 2 – O fazer artístico pós-pandemia e nos novos tempos (de inclusão)
Centro Cultural José Octávio Guizzo

17h – Kombinando com Cerrado
Du Cafundó (Rondonópolis/MT)
Teatro Aracy Balabanian

18h – Palhasseata
Centro Cultural José Octávio Guizzo

20h – Metro e Meio
Palhaça Maku Fanchulini (Buenos Aires/Argentina)
Teatro Aracy Balabanian

Sábado (1º de junho)

16h – O Concerto – Palhaçaria para bebês
Celeiro das Antas / Zé Regino (Brasília/DF)
Sala Rubens Corrêa – Centro Cultural José Octávio Guizzo

18h – O melhor show do Mundo… na minha opinião
Palhaço Ritalino (Londrina/PR)
Centro Cultural José Octávio Guizzo

20h – Encontro – Cia LaClass Excêntricos (São Paulo /SP)
Teatro Aracy Balabanian

Domingo (2 de junho)

16h – Kadulino, O Palhaço Corda Bamba
Circo Os Kaco (Taquaruçu/TO)
Centro Cultural José Octávio Guizzo

18h – Yo soy Américo
Cami Basterra (Rosario/Argentina)
Teatro Aracy Balabanian

20h – Encerramento – Cabaré
Centro Cultural José Octávio Guizzo

 

Por Carolina Rampi

 

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