Reciclando Nossas Atitudes

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Conscientização é o propósito da educadora ambiental Mara Calvis. Em parceria com a Solurb Soluções Ambientais, criou o projeto “Reciclando Nossas Atitudes”, que leva até crianças e adultos de diferentes bairros da Capital informação sobre sustentabilidade de forma lúdica e descontraída.

Antes da pandemia a educadora passava por todos os cantos da cidade, em empresas, condomínios e escolas realizando palestras, gincanas e brincadeiras com os pequenos. Agora, o projeto teve de se adaptar, e as visitas acontecem nas casas das crianças que querem receber Mara e o mascote Solurbinho.

Os pais auxiliam a criançada a mandar um vídeo pelas redes sociais pedindo a visita e realizando a “Dancinha do Solurbinho”, e a partir disso, toda semana, uma ou duas casas são registradas para receberem a equipe, sempre dentro das normas de biossegurança. Como também é escritora, Mara utiliza seus livros para conscientizar sobre o nosso Estado e as questões ambientais como lixo, poluição dos rios, reciclagem, entre outros assuntos.

“Nosso objetivo é despertar o fazer desde a infância. Por meio de atividades lúdicas e leitura consigo apresentar assuntos importantes dentro da sustentabilidade, além de incentivar o amor pelos livros”, explica a educadora. Durante as visitas, Mara dá de presente para as crianças livros com temas diversos e brinquedos feitos de materiais reciclados que confecciona em oficinas ao vivo pelas redes sociais.

“Reciclando Nossas Atitudes” atende em média 30 mil pessoas por ano e, desde o começo da pandemia, conseguiu chegar a mais de 50 mil. “Esta pandemia tem sido um momento de reflexão, e usamos isso para fazer as pessoas pensarem que a situação do planeta só depende de nós”, conta.

A idealizadora acredita que o caminho de desconstrução de hábitos e conscientização do fazer é um processo. “Se eu fizer uma palestra com 50 pessoas e conseguir que uma repense seus hábitos, eu ganhei meu dia”, destaca. Neste momento pandêmico, Mara realiza lives com palestras e oficinas de reutilização de materiais como garrafas de vidro, PET, tampinhas de garrafa, entre outros, que depois de prontos são entregues para as crianças nas visitas.

Pietro Henrique, de 5 anos, recebeu a visita do Solurbinho e de Mara e ficou encantado. Segundo a mãe, Josiane Cordeiro, ele tinha muita vontade de conhecer o mascote, já que seu pai é ex-coletor. “Ele ficou muito feliz. Ganhou uma roupa de coletor e não quis mais tirar. Eu mesma fiquei muito feliz, é muito gratificante e muito bonito esse projeto com as crianças.”

Literatura

Mara, além de liderar o projeto de conscientização ambiental com crianças, preparou mais um presente para os pequenos de Campo Grande. Escritora infantil desde 2008 com mais de 22 obras infantojuvenis publicadas, realiza virtualmente a contação de histórias de dez livros de sua autoria.

Com temas sociais como cidadania, sustentabilidade e questões raciais, os livros da escritora levam, neste momento de pandemia, um momento lúdico e de interação entre pais e crianças. Nove vídeos estão disponíveis no Canal do YouTube da escritora, e o último vídeo tem previsão para ser publicado neste mês, no canal do YouTube da Fundação de Cultura de MS, com a tradução em libras.

Com as escolas fechadas e a falta de acesso às crianças, a contação por vídeos foi a maneira que a educadora encontrou de continuar incentivando a leitura e o interesse por questões sociais e ambientais. O projeto foi financiado pela Lei Aldir Blanc, da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e também conta com dez capacitações pedagógicas para orientar professores de Ensino Fundamental a como trabalhar as obras de Mara, que também estão disponíveis no canal da escritora.

Já que no momento não é possível chegar até as crianças fisicamente, a escritora doou mil livros para a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e quinhentos à Sectur, a fim de que fossem distribuídos para os professores trabalharem com as crianças. “Recebo mensagem de professor dizendo que utilizou um livro meu como uma ferramenta pedagógica e isso me deixa muito feliz”, comenta.

Texto: Ellen Prudente

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