Projeto promove não apenas discussões sobre a vivência circense, mas também oferece oficinas destinadas a profissionais da área ao longo de seis dias.

(Foto: Tero Queiroz/Divulgação)
(Foto: Tero Queiroz/Divulgação)

A Cia Pisando Alto lança o projeto “Fragmentada-Diálogos Formativos e Oficinas Circenses” para ampliar a visão do circo além de narizes de palhaço, malabarismos e acrobacias. Celebrando tradições e explorando diversas facetas da arte circense, o projeto inclui duas oficinas de técnicas circenses e diálogos formativos, focadas em capacitar, refletir e aprimorar os profissionais desta arte singular.

O projeto “Fragmentada”, assim como um espetáculo circense, passará por várias fases. Inicialmente, Fran Corona e Moreno Mourão da Cia Pisando Alto se dedicarão à preparação técnica. Em seguida, o ‘Diálogo Formativo’ e as oficinas oferecerão aos profissionais do circo do Estado a oportunidade de aprender novas técnicas, com orientação dos mesmos mentores. A fase final do projeto culminará na estreia do novo espetáculo da companhia.

Nos dias 11, 12 e 13 de julho, às 19 horas, o Ateliê Cênico será palco do evento “Diálogo Formativo: do Social ao Soleil, do Circo Tradicional ao Circo de Rua”, explorando o universo circense e suas características únicas em relação às artes cênicas. Em seguida, nos dias 15, 16 e 17 de julho, às 14 horas, ocorrerão oficinas de técnicas circenses, incluindo a de aéreos e contorção com Mellina Fioretti, especialista em Acrobacias Aéreas e Contorção.

“É um projeto de montagem de espetáculo. A cia Pisando Alto tem dois espetáculos de circo que trabalhamos com algumas técnicas circenses e a comicidade. A gente queria pesquisar algo diferente, que não fosse necessariamente um espetáculo cômico, e que trouxesse no seu enredo temas mais relacionados à vida contemporânea. Nomeamos de fragmentada porque pensamos em recortes ou fragmentos da vida contemporânea”, relatou Fran Corona para a reportagem do Jornal O Estado.

Nos dias 15, 16 e 17, às 18 horas, ocorrerá a oficina de acrobacia de solo/parada de mão ministrada por Rafael Eckert. No primeiro dia, serão apresentadas as técnicas de acrobacia básica e equilíbrio sobre as mãos, seguidas por novas possibilidades de acrobacias e truques no segundo dia. No terceiro dia, Rafael desenvolverá uma proposta de treinamento continuado junto à turma. A oficina totaliza nove horas de atividades, sendo direcionada a praticantes de modalidades circenses.

Oficinas de técnicas circenses

No primeiro dia, Mellina Fioretti apresentará as técnicas de aéreo e contorção com exercícios a serem utilizados como preparação, aquecimento, alongamento e desenvolvimento de força. No segundo dia, a professora apresentará truques que utilizam poses de flexibilidade e suas possíveis evoluções. E, no terceiro dia, serão apresentados novos truques dinâmicos e possibilidades de evoluções para que os participantes possam seguir treinando. Ao todo serão nove horas de atividades e a oficina é voltada para pessoas que já praticam alguma modalidade circense.

“As oficinas são uma possibilidade de conhecer um pouco do que vivenciamos quanto preparação técnica para o espetáculo que vamos montar. As atividades formativas, que propõem um diálogo teórico sobre nosso fazer, impulsiona evoluir no pensar e fazer nosso trabalho e nos dá embasamento para um melhor posicionamento perante os percalços e injustiças que aparecem no caminho”, afirmou Fran.

Rafael Eckert, instrutor da oficina de acrobacia de solo/parada de mão, destacou que o foco principal é capacitar os participantes com habilidades essenciais nesta modalidade circense, como acrobacias básicas, equilíbrio sobre as mãos e elaboração de planos de treinamento. Além disso, a oficina busca fortalecer a consciência corporal, a coordenação motora e a confiança dos participantes.

“As técnicas que ensinarei são uma forma poderosa de expressão artística. Elas permitem que os artistas criem sequências correográficas únicas, explorando movimentos fluidos, transições e equilíbrio. A parada de mão, por exemplo, pode ser incorporada as performances mais amplas, como parte de uma coreografia ou como um elemento central em uma apresentação solo”, explicou.

Benefícios

Mauro Shiroma, professor, artista circense e produtor cultural, de Campo Grande, mudou-se para Corumbá em 2011 e viajará à capital para participar das oficinas. Iniciou seu contato com a arte circense na faculdade de Educação Física, tornando-se monitor em um projeto de circo, o que fortaleceu sua paixão pelo tema. Co-fundador da Escola de Circo Vivart em 2016, Mauro desempenha um papel central como educador e produtor cultural na região desde então.

“Me inscrevi na oficina da Mellina Fioretti e do Rafael Eckert. Quero poder aprender e aprimorar as técnicas, fazer uma reciclagem, quem sabe pegar algumas dicas na parte didática e pedagógica. Quando surgem essas oficinas, tentamos ao máximo nos organizar para conseguir participar, pois acredito que seja importante para experiências profissional e com a troca conhecer outras pessoas”, destaou Mauro.

Participar das oficinas de Rafael oferece diversos benefícios físicos e mentais. Os participantes experimentam o fortalecimento dos músculos do core, dos braços e dos ombros, fundamentais para a prática dessas técnicas circenses exigentes.

Além disso, durante as oficinas, desenvolvem-se habilidades como concentração e foco, essenciais para a execução segura e precisa das acrobacias. Superar desafios pessoais dentro deste contexto contribui significativamente para o crescimento pessoal e artístico dos participantes, proporcionando uma experiência enriquecedora tanto no campo físico quanto no emocional.

“ Para aproveitar ao máximo a oficina, é importante que os participantes tenham disposição para aprender, sejam persistentes e estejam abertos a experimentar novos movimentos. Flexibilidade, força e equilíbrio também são características valiosas para quem deseja se destacar na acrobacia de solo/parada de mão” finalizou Rafael.
O projeto está sendo realizado com o incentivo do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC/MS), da Fundação de Cultura de MS (FCMS), do Governo do Estado de MS.

Serviço

Para o Diálogo Formativo não é necessário inscrição, basta ir aos encontros no Ateliê Cênico. Já para as oficinas é preciso se inscrever até 10 de julho. Para participar, envie uma carta de interesse para o e-mail [email protected] detalhando seus dados pessoais (nome, data de nascimento, whatsapp) e sua experiência com o circo. Todas as ações serão realizadas no Ateliê Cênico, na rua Joaquim Murtinho, 2.204, casa 03, Itanhangá Park. Para mais informações, confira @pisando.alto no instagram.

 

Por Amanda Ferreira

 

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