O lançamento da obra acontece no próximo sábado, dia 15 de outubro
O professor, pesquisador e escritor Eronildo Barbosa da Silva deve lançar, no próximo sábado (15), o livro “ACP 70 Anos”, que conta a história da Organização Sindical dos Professores de Campo Grande. O lançamento acontece no Clube de Campo da ACP-MS, na Avenida Conde de Boa Vista, nº 4151, a partir de 9h30.
Segundo o autor de outros vários livros de economia política, sociologia e história, sua nova obra tem o dever de resgatar um estudo histórico da ACP-MS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), como um instrumento de reflexão.
O livro, que demorou uma ano para ser escrito, foi trabalhado com várias fontes, materiais em cartórios, colégios, universidades, livros já publicados, revistas, jornais. “Fiz, pelo menos, mais de 60 entrevistas com atores importantes do sindicalismo do Mato Grosso do Sul.”
“Esta obra serve também para que outros sindicatos e a comunidade escolar entendam os avanços, as quedas, momentos de tensão, as contradições, erros e as reviravoltas da classe”, adianta Eronildo.
“Fundamentalmente, espero que o livro se torne uma luz para a história dos professores e que também sirva de alicerce, como base de quem queira construir um futuro mais justo e mais humano”, explica.
De acordo com o pesquisador, o livro trata das lutas que foram travada em cada tempo histórico, a partir da década de cinquenta. Quando houve o nascimento do sindicato e a busca da sua consolidação. “A história conta o período que ACP nasceu exatamente para lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho dos professores da época.”
“A história se inicia no momento em que as leis trabalhistas não eram tão divulgadas e era preciso um esforço importante, principalmente dos sindicatos que trabalhavam com a área pública”, conta o autor.
“Depois veio o golpe de 64. Quando o sindicato teve que diminuir suas atividades, porque na época em Campo Grande houve um grande esforço da polícia, exército, da aeronáutica e da marinha para impedir que os sindicatos pudessem contestarem algo.”
O livro revela detalhes da ACP, no final dos anos 70, que já sob liderança da professora Nelly Elias Bacha, o sindicato começou a se reconstruir, a buscar pautas muito mais ligadas na área política. “Este foi um momento importante, porque é o primeiro embate ainda com os cuidados necessários, contra a ditadura militar.”
“Foi uma década que começou abrir espaços importantes para o campo democrático, rumo a construção de um movimento sindical muito mais independente, mais contestador”, conta Silva.
“No final dos anos 70, foi criado a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), que, na década de 80, comandou diversas greves pelo Estado inteiro e, aos poucos, acabou se tornando uma instituição muito importante para os interesses da categoria”, conclui.
Reconhecimento e novos projetos
Para Eronildo, seu livro é como um filho, que você alimenta diariamente. “Me sinto orgulhoso, pois decidi, há muito tempo da minha vida, que meu caminho é escrever, tenho muita facilidade em contar histórias.”
O autor ainda conta que seu trabalho não para depois do próximo lançamento. No dia 20 de dezembro, ele lança um livro sobre a Sinergia (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul).
Além disso, em fevereiro de 2023 está previsto outro livro escrito por ele, desta vez sobre a história da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal). “Também estou com um livro pronto sobre o Corredor Bioceâncico. Projeto é o que não falta.”
Com informações Aline Ferreira da Silva
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