Peça ‘O Vendedor de Sonhos’ chega à Capital dia 28

Foto: Divulgação
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Peça inspirada no best-seller de Augusto Cury chega a Campo Grande no dia 28 de janeiro

Campo Grande recebe, no próximo sábado (28), às 21h, no Teatro Glauce Rocha, o espetáculo “O Vendedor de Sonhos”, inspirado em livro homônimo de Augusto Cury, atualmente o psiquiatra mais lido do mundo, e que já foi traduzido para mais de 60 idiomas, além de ter virado filme. Sucesso de público, o espetáculo já foi visto por mais de 200 mil pessoas em mais de 250 apresentações, e traz no elenco os atores Mateus Carrieri, Milton Levy, Adriano Merlini, Fernanda Mariano, Bruno Sperança e Guilherme Carrasco, com adaptação para o teatro feita pelo próprio autor, Augusto Cury.

Para saber um pouco mais sobre a peça, processo de criação, trama, preparação do elenco e tudo o que envolve a produção, o jornal O Estado conversou com o diretor, ator e produtor-executivo do espetáculo, Guilherme Carrasco. O ator é formado pela EAD (Escola de Arte Dramática) da USP (Universidade de São Paulo), bastante tradicional e que vem formando atores e atrizes há mais de 70 anos.

“Me formei lá em 2015 e, desde então, venho trabalhando exclusivamente com teatro e tenho a Cia. Teatro do Osso. A gente participa de festivais internacionais, também de grande renome, nos apresentamos no Sesc, em centros culturais, Centro Cultural Caixa Econômica, Banco do Brasil, Itaú Cultural, enfim, diversas instituições culturais na cidade de São Paulo e fora também. Agora eu tô com a produtora Applaus.”

Mas a coisa não é tão simples como se pode pensar. Adaptar uma obra tão conhecida pode ganhar um peso além do imaginado. “O peso de trabalhar com uma obra traduzida em mais de 60 línguas, publicada em mais de 70 países, é enorme, gigantesco, porque já é uma obra conhecida do grande público, conhecida da crítica. É uma obra que, por si só, tem um peso. ‘O Vendedor de Sonhos’ é o carro-chefe do Augusto Cury, é o livro mais conhecido, virou até filme”, explica Guilherme.

“Eu tenho a plena consciência de que é uma responsabilidade imensa adaptar esta obra literária para o teatro, trazendo todos os conteúdos que o Augusto Cury trabalha, mas ao mesmo tempo é uma grande alegria, porque dá uma forma teatral para um livro, fazendo os devidos recortes”, detalha.

Desafio

E o mais desafiador é justamente – segundo o ator – sintetizar uma obra que levaria em torno de 15 a 20 horas (ou mais) para ser lida em apenas 1h15 de espetáculo, de forma que tudo o que é apresentado perpasse, minimamente, o conteúdo do livro. “Eu acho que o desafio é pegar a essência desse livro com tantos personagens, com tantos cenários, tantas situações, e adaptá-la em teatro em apenas uma hora e quinze minutos. Este é o desafio maior.”

Carrasco explica que o espetáculo traz uma profunda reflexão sobre a vida, que na trama entra em contraponto com a leveza proporcionada pelo humor em forma de piadas e gargalhadas. “A gente realmente busca esse equilíbrio. Agora, quanto aos artistas, que emprestam seus corpos, mente, alma, emprestam absolutamente tudo para materializar esses personagens, os sistemas… o desafio maior nisso, eu acho, é ser coerente com o conteúdo que a gente está trazendo, sabe? Porque a gente traz um conteúdo muito positivo. As palavras do Augusto Cury trazem esse conteúdo.”

Como consequência dessa reflexão, as ações do dia a dia dos artistas – que são “gente como a gente” – também são revistas, segundo o produtor, que explica que um dos maiores aprendizados proporcionados é o de não deixar que o cansaço do dia a dia interfira nas apresentações e, menos ainda, no tratamento dado ao público. “Eu acho que o maior aprendizado, mesmo, é a coerência, acima de tudo, de quem, do que a gente interpreta, com o que a gente é. É aprendizado, o artista não é melhor que ninguém. Ele só está entregando o seu corpo para arte, para um objetivo maior”, pontua.

Ele ainda completa, que muitas vezes, apesar do cansaço – comum a quem trabalha muito –, o contato com o público ajuda a “recarregar as baterias”. “Realmente é extraordinária a relação que nós temos com a plateia, é uma relação única! É uma comunhão, todo mundo ri junto, chora, se emociona e gargalha junto. Fazer isso em coletivo, juntos, no mesmo teatro, compartilhar esse momento, esse quinto espaço, é revigorante, a gente sai eletrizado, eletrizante, sai feliz, revigorado, alegre, sensível, sai à flor da pele, a gente sai melhor”, conclui.

O espetáculo

A trama conta a história do personagem Júlio César, interpretado por Mateus Carrieri, que tenta o suicídio e é impedido de cometer o ato por intermédio de um mendigo, o Mestre, feito por Milton Levy, que lhe vende uma vírgula, para que continue a escrever a sua história. Juntos, os dois convidam Bartolomeu, performado por Adriano Merlini, um bêbado boa-praça, para a missão de vender sonhos e despertar a sociedade doente, mas a revelação de um passado conflituoso do Mestre pode destroçar a grande missão do Vendedor de Sonhos.

O livro

O livro “O Vendedor de Sonhos” já foi traduzido para mais de 60 idiomas e também virou filme – e é a primeira obra de Augusto Cury (o psiquiatra mais lido no mundo atualmente) a receber uma adaptação para o teatro. “Ver os atores interpretando no palco os personagens que eu construí nas mais diversas situações estressantes em que eles passaram, levando o espectador a fazer uma viagem para dentro de si mesmo para encontrar o mais importante endereço que poucos encontram, o endereço em sua própria mente, é de fato um grande prazer”, conta Cury.

A ideia de transformar o livro “O Vendedor de Sonhos” para o teatro nasceu durante a realização das palestras de Augusto Cury, pela Applaus, com direção de Luciano Cardoso, com mais de 33 anos de experiência nos cenários musical e das artes.

“Um dia, após uma palestra, o Augusto me disse que sonhava em ver a obra dele no cinema e me convidou para produzi-la. Eu vinha percebendo que estava em franca expansão a questão de as pessoas discutirem as suas emoções, em especial um tema muito delicado, que é a prevenção ao suicídio, infelizmente algo crescente em nossa sociedade. E sabendo da relação muito próxima de atores e platéia, o que poderia ser positivo para que tocasse as pessoas, como vem ocorrendo pelo Brasil afora e até no exterior, acreditamos. O retorno que todos nós recebemos e o impacto positivo que a obra gera, é realmente muito gratificante”, relata Luciano.

Serviço:

Com produção de Pedro Silva Promoções & Jamelão, “O Vendedor de Sonhos”, de Augusto Cury, será apresentado no dia 28 de janeiro, sábado, às 21h, no Teatro Glauce Rocha, na UFMS. A classificação indicativa é de 10 anos.

Os ingressos custam a partir de R$ 40 (meia), e podem ser adquiridos no estande do Comper Jardim dos Estados, ou por meio do site: https://pedrosilvapromocoes.com.br/comprar-ingresso/ovendedor-de-sonhos-2178 Mais informações podem ser obtidas pelo número (67) 99296- 6565 (WhatsApp).

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