Superman de James Gunn chega aos cinemas elogiado pela crítica e considerado o filme de herói mais próximo das HQ’s
Marcando a estreia do novo Universo Cinematográfico da DC, Superman, estrelado por David Corenswet (Pearl, Hollywood), chega aos cinemas brasileiros hoje trazendo grande expectativa entre os fãs do Homem de Aço.
Além de David Corenswet no papel principal, Superman ainda conta com Rachel Brosnahan (A Maravilhosa Sra. Maisel) como a repórter Lois Lane, interesse amoroso do protagonista, e Nicholas Hoult (The Great) como Lex Luthor, grande inimigo do herói.
Skyler Gisondo (Fora de Série) como Jimmy Olsen, Nathan Fillion (O Esquadrão Suicida) como Lanterna Verde, Isabela Merced (Madame Teia) como Mulher Gavião, Edi Gathegi (Crepúsculo) como Senhor Incrível, Anthony Carrigan (Barry) como Metamorfo, María Gabriela de Faría (Isa TKM) como Engenheira, Sara Sampaio como Eve Teschmacher, Frank Grillo (Capitão América: O Soldado Invernal) como Rick Flagg Sr. e Alan Tudyk (Rogue One: Uma História Star Wars), em papel não-revelado, completam o elenco.
Sinopse
No longa acompanhamos Superman/Clark Kent na busca de reconciliar a sua herança kryptoniana com a sua criação humana. Nas primeiras imagens divulgadas, vimos que o herói, apesar de usar os seus poderes para proteger a Terra e os seus habitantes, é considerado um pária por muitos por não ter nascido em nosso planeta, o que tem resultado em críticas às suas ações. Superman é um imigrante. Aliás, o filme tem o seu viés politizado.

Foto: Tradução
James Gunn no Brasil
Em visita ao Brasil o cineasta James Gunn, diretor do novo “Superman”, disse que está mais interessado no que há de humano nas histórias do super-herói o que inclui as guerras que se desenrolam no mundo real, e não somente as que o personagem trava contra extraterrestres. “Ao escrever o roteiro, pensei: ‘Esse é um mundo fictício com robôs, cães voadores e monstros gigantes, mas e se o Super-Homem fosse real? Como ele entraria em conflito ou apoiaria os governos? Ele seria um problema (na política)? Como no nosso mundo, no universo da DC também há guerras”’, diz o diretor.
De acordo com Corenswet, que interpreta essa nova versão do personagem, um dos maiores acertos do filme é sua capacidade de debater política sem fazer o herói se tornar partidário. “Ele não representa um governo ou um país, mas ideais. E, acima disso, quer representar a si mesmo e seu desejo de fazer o bem, de ser um de nós, de elevar a humanidade.”
Ainda em sua passagem pelo Brasil, James Gunn falou sobre o dilema interno do Superman, que busca compreender a si mesmo e as relações humanas. “Essa é a verdadeira complexidade: como alguém quase divino se interessa tanto pela humanidade e mesmo por uma pessoa ‘comum’ como a Lois”, afirmou.
Além disso, vale destacar a presença do cão Kripto, inspirado no próprio cachorro do diretor. “Ainda bem que o meu não tem superpoderes, senão estaria destruindo a casa”, brincou.
Crítica especializada
Apesar dos veículos de comunicação terem concordado em assinar o embargo para divulgar as críticas de ‘Superman’ à partir da terça-feira (8), isso não impediu que alguns sites “saíssem na frente” e divulgassem suas críticas antes de todo mundo.
A primeira quebra de embargo também ocorreu com um redator da Variety, mas de maneira mais indireta: ao escrever sobre o recente filme de ação ‘Chefes de Estado’, do Prime Video, o crítico Peter Debruge o comparou com ‘Superman’, afirmando que o longa estrelado por John Cena e Idris Elba é muito mais divertido que o reboot da DC Studios. “Você pode ser perdoado por descartar ‘Chefes de Estado’”, diz a crítica. “Mas, nesse caso, você perderia um filme que não é mais bobo que ‘Superman’ e muito mais divertido (uma comparação que vale a pena fazer, já que ambos aderem a um senso mítico de heroísmo).”

Foto: Reprodução
O jornal britânico The Sunday Times rasgou elogios em sua crítica oficial, caracterizando o filme como um “triunfo” e afirmando que, “após um bom tempo, esse é o filme que o personagem merece”.
Já o periódico americano The Daily Beast, não foi tão positivo na crítica. The Daily Beast causou uma comoção entre os internautas ao afirmar que o projeto se assemelha a um “desenho animado de sábado de manhã”. Promete muita ação, mas acrescenta que “o filme é tão inundado de insanidade exagerada em CGI que seu caos estrondoso perde o impacto”.
Nas primeiras críticas pós-embargo, um dos primeiros sites nacionais de entretenimento a se manifestar foi o Omelete. Guilherme Jacobs teceu elogios e salientou a semelhança da obra de James Gunn com as HQ’s do Superman. “Primeiro, e acima de tudo, esse filme tem todo o gosto e textura dos quadrinhos. Ele é pura ficção-científica, fantasia, e supõe um conhecimento prévio do personagem. É como abrir a edição #19 e encontrar o herói no meio da ação! A grande qualidade do filme, porém, é o elenco. O trio principal, em especial, foi ultra bem escalado. David Corenswet dá uma das atuações mais simpáticas do personagem, Rachel Brosnahan é pura química em tela e Nicholas Hoult… bom, acho que temos um novo ‘melhor Lex Luthor live-action.’”
Se por um lado Peter Debruge não curtiu muito do longa, sua colega de jornal, gostou bastante do que viu. “Superman voa absolutamente alto! Uma conquista impressionante e um alívio esperançoso, honrando iterações passadas (cinema e quadrinhos) enquanto traça seu próprio caminho. Corenswet tem aquele brilho heroico. Hoult é deliciosamente diabólico. Brosnahan transborda vigor e energia. Krypto é adorável.”, escreveu.
No site norte-americano, agregador de críticas Rotten Tomatoes, a pontuação de Superman vai bem com 85% de aprovação da crítica especializada e 95% de aprovação do público que assistiu o filme, até o fechamento deste caderno. Superman estreia hoje em todos os cinemas e a classificação indicativa é de 14 anos.

Foto: Reprodução
Marcelo Rezende