No próximo dia 28 entra no ar, na Globo, o remake de “Pantanal”, 32 anos após a primeira versão da novela da Manchete, que resgatava a identidade rural do país, a simplicidade e a possibilidade de ser feliz em contato com a natureza.
A diferença, a favor do remake, são as ferramentas tecnológicas de hoje, inimagináveis em 1990. “Para as imagens aéreas, a gente tinha que pendurar um profissional na porta do avião”, lembra Jayme Monjardim, diretor da versão original.
E, como o barulho do motor atrapalhava, a equipe chegou a utilizar balões para as gravações. “Agora, temos os drones para as aéreas, e foi sensacional trabalhar com eles no Pantanal”, diz Rogério Gomes, o Papinha, diretor da primeira fase da nova versão.
O som agora, conta o diretor, é Atmos. Superior ao surround, ele se aproxima ainda mais do cinema, dando a sensação de vir de várias pontos da sala. E a qualidade das imagens, obviamente, nem se compara à de 1990, quando os televisores eram pequenos e analógicos. O primeiro capítulo será feito em 8K, de “ultra-alta-definição”.
A tecnologia atual, aliás, vai facilitar os efeitos especiais. Mas Papinha diz que não se deve abusar ao comentar cenas como quando a personagem Juma vira onça-pintada, um dos pontos altos da trama com toques de realismo fantástico. “Não se pode fugir daquela linguagem que só insinuava a transformação porque é uma lenda”, observa o diretor.
Ele também disse não ter feito nada no estilo de “As Aventuras de Pi”, que ganhou o Oscar em 2013 de efeitos especiais. Quase todo o filme mostra um garoto e um tigre compartilhando o mesmo barquinho depois de um naufrágio –o bicho, ultrarrealista, não passava de um truque de animação. “A ideia é trabalhar com animais de verdade.”
Com informações da Folhapress