Oficinas e cursos gratuitos de animação e iluminação são oportunidades até para quem não é profissional

Curso de iluminação - Foto: Karina Lima
Curso de iluminação - Foto: Karina Lima

Iniciativa é uma realização do Museu da Imagem e do Som

 

O MIS (Museu da Imagem e do Som) iniciou no último sábado a oficina de ‘Frame a Frame e Rotoscopia’, com o professor doutor Régis Rasia, e o curso de ‘Aperfeiçoamento de Técnicas de Iluminação para Cinema e Audiovisual’, ministrado pelo professor doutro Felipe Bomfim. Ambos os cursos continuam no próximo sábado é são oportunidades de aperfeiçoamento para pessoas que tem ou não experiência.

O professor doutor Régis Rasia disse que os participantes da Oficina Frame a Frame são em maioria profissionais que já atuam na área. “É um público bem diverso, até porque a animação, ela abrange desde o infantil até o mais adulto. A gente achar que a animação é só para criança é um grande equívoco, porque hoje a animação pode ser tanto usada para um filme hiper reflexivo para adulto quanto, até para falar de algumas metáforas para o público infantil. Nesse sentido, acho que o público é bastante variado, assim, sobretudo, deve ter um grupo de pessoas que varia aí dos seus 16 aos seus 20 e poucos anos, e sala cheia. A animação geralmente envolve grupo de pessoas interessadas com algumas coisas que são vinculadas às técnicas, então desenho animado é uma coisa, stop motion é outra, rotoscopia é outra, assim como animação digital também, então a animação tem um pouco essa categoria de criar esses nichos de rostos, de pesquisa, de paixões mais específicas”.

No primeiro dia do curso, que vai até o próximo sábado, dia 31 de maio, foi feita uma introdução, animação, um pouco também do que é o frame a frame, e foram exibidos alguns filmes e foram dadas algumas introduções sobre a estética do que é o frame a frame e a rotoscopia. “A rotoscopia é uma técnica de animação que usa uma base real, ou seja, você tem um vídeo e você desenha por cima desse vídeo. Você pode usar tanto a combinação do vídeo com o desenho como pode isolar isso só o desenho. Então a gente praticamente hoje falou desse percurso histórico da animação de rotoscopia que começa em 1916, 1917, com dois irmãos, irmãos Fleischer, que patenteiam uma tecnologia e essa tecnologia vai servir então de referência para vários outros filmes, Branca de Neve, da Disney usou, obras contemporâneas usaram e alguns artistas fazem da rotoscopia um monte de expressão artística. Então nossa introdução faz mais nesse sentido, agora a gente vai falar do traço digital que a gente está falando exatamente disso, da animação em digital, a mídia digital que a gente vai usar no caso Photoshop. E dentro desse escopo, a gente então vai começar a decifrar um pouco o que é essa aplicação da técnica, porque a animação é muito globalizada na técnica, o uso de uma tecnologia também como técnica”.

Uma das participantes da oficina, Taylla Carolina Alves, está estudando para prestar vestibular para audiovisual. Ela vê o curso como uma oportunidade para colocar em prática algo que ela só vê na teoria. “A gente aprendeu conceitos de animação e rotoscopia. Até agora a gente viu alguns filmes e vídeos e agora no período da tarde a gente vai colocar em prática. A gente vai fazer algumas animações”.

Luara Dantas é multiartista e trabalha bastante no meio dos NFT, que é uma arte criptografada. Ela decidiu fazer o curso porque acha que é uma área muito interessante para compor seus trabalhos no mundo dos NFTs. “E também já faço algumas animações, alguns gifs e aí eu queria aprender mais sobre esse meio da animação. Eu estou achando incrível, aprendi novos conceitos e ideias, por mais que eu já fazia essas ideias a partir de experimentações, hoje eu estou aprendendo os conceitos mais técnicos”.

Oficina Frame a Frame – Foto: Karina Lima

Que haja luz…

O professor Felipe explica que o curso é voltado para um público mais de aprofundamento, que já possui conhecimento prévio de iluminação para o audiovisual, então abarca publicidade, cinema e vários outros mercados. “Está tendo uma recepção muito boa, o número de inscritos foi muito bom e nesta aula a gente tá trabalhando numa cena junto com eles, então bem satisfeito com o resultado junto com todos. Nós iniciamos contextualizando um pouco as naturezas da luz. Luz, diversão, trabalhando um elemento mais basilar, como o trabalho de iluminação para entrevistas, de modo a atingir vários públicos do audiovisual. Em seguida, nós fomos para uma cena de iluminação noturna, que estamos trabalhando agora na parte da tarde. Na semana que vem, nós vamos trabalhar, provavelmente, com iluminação de urna em algumas cenas emulando um roteiro de um filme”.

Camila Vilar de Oliveira é produtora de visual e professora de yoga. Ela decidiu fazer o curso porque precisava muito entender melhor os conceitos da iluminação cinematográfica. “Tinha pouco conhecimento nisso, mas o que a gente vai adquirindo no mercado mesmo, eu achei que era pouco. Então, veio como se fosse um curso de iluminação, foi uma oportunidade ótima de aprofundar os conhecimentos práticos e ganhar um pouco mais de teoria e de prática também. Já vou começar a semana que vem, já utilizar tudo o que eu aprendi essa semana”.

Jean Roberto de Lima trabalha com área de publicidade de audiovisual e professor na área também. Ele disse que esta área da iluminação é uma área que ele precisava se aprofundar. “Acho que a gente está em constante evolução. É algo que eu tinha necessidade de aprender melhor. O professor trouxe alguns conceitos, algumas novidades também de iluminação que eu não tinha visto. E o modo de a gente criar dentro de um ambiente que a gente não conhece, deu certo, criar coletivamente, acho que isso está ficando muito importante esse primeiro momento da aula”.

 

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