O adeus às cantoras Elis Regina e Maysa completa quatro décadas

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Foto: Acervo/Arquivo Nacional

Duas das maiores cantoras da música popular brasileira serão lembradas nesta semana: na próxima quarta-feira (19), completam-se 40 anos sem Elis Regina. Já no dia 22, sábado, serão 45 anos desde o falecimento de Maysa.

Assim como a carioca, a gaúcha Elis revolucionou a música e deixou a sua belíssima voz marcada na bossa nova e em tantos outros gêneros musicais. Política e “esquentada” – tanto é que ganhou o apelido de Pimentinha –, ela foi intérprete de inúmeros sucessos, entre eles “Águas de Março”, com Tom Jobim, “Como Nossos Pais” e “O Bêbado e o Equilibrista”.

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Registro de Elis em performance em estúdio de rádio, na década de 70. Foto: Acervo/Arquivo Nacional

Mesmo inspirada nos cantores do rádio, foi nos grandes festivais de música, televisionados nos anos 60, que ela apresentou ao público a extensão vocal a sua dramaticidade de artista. Com gestual marcante, suas performances eram consideradas “enérgicas”, vivas.

Elis teve ainda projeção internacional: foi comparada a Ella Fitzgerald, cantora do jazz que ficou eternizada pela potência de sua voz. Para a brasileira, foram quatro milhões de discos vendidos em 18 anos enquanto artista. Entretanto, ela veio a falecer no auge de sua carreira, em 1982, aos 36 anos, vítima de uma parada cardíaca após consumo de álcool, drogas e medicamentos analgésicos. Ela deixou três filhos e uma legião de admiradores.

Maysa

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Maysa durante entrevista, em registro feito pelo jornal Correio da Manhã. Foto: Acervo/Arquivo Nacional

Também é momento de relembrar uma outra grande artista da música brasileira. No dia 22 de janeiro de 1977 morreu a carioca. Marcada também pela sua voz e pelo seu olhar inesquecível, com semblante carregado de emoção. Maysa fez sucesso nas décadas de 50 e 60, por meio de canções que falavam muitas vezes do amor, mas também da dor.

Sempre lembrada por sua interpretação de músicas como “Meu Mundo Caiu”, “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Vinícius de Moraes, e “O Barquinho”, Maysa gravou músicas e fez temporada de shows nos Estados Unidos.

Enfretando muitos problemas de ordem pessoal, inclusive a depressão, a doença a levou para um isolamento na praia de Maricá. Entretanto, sua morte veio em decorrência a um acidente de carro, na ponte Rio-Niterói, com apenas 40 anos.

(Fonte: Agência Brasil)

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