Música regional nas universidades: Alzira E faz turnê junto com Hermanos Irmãos

alzira e
Paulo Higa/Divulgação

Alzira E vem a MS para fazer três apresentações no interior, com o trio Hermanos Irmãos, começando hoje, às 19h30 por Ponta Porã, no sul do Estado 

A partir de hoje (9), o trio Hermanos Irmãos, que é composto por Jerry Espíndola, Márcio de Camillo e Rodrigo Teixeira e a cantora Alzira E, dão início ao projeto cultural “Hermanos Irmãos – Circuito Universitário UEMS” (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). A primeira apresentação será em Ponta Porã, às 20h30, no campus da universidade. Hermanos Irmãos estão há 14 anos na música e o circuito universitário busca levar a música regional para acadêmicos do interior de Mato Grosso do Sul. A cantora e compositora Alzira E retorna ao Estado, sua terra natal, onde começou a carreira ao lado de seus irmãos, Tetê Espíndola, Geraldo Espíndola e Celito Espíndola, grandes nomes da música sul-mato-grossense.

Depois de Ponta Porã, a cantora se apresenta ao lado do trio em Naviraí, amanhã (10), às 20h30 e na quinta- -feira (11), em Dourados, às 20h, na Casa da Cultura UEMS. Posteriormente, no dia 23, o circuito será apresentado em Maracaju, com a cantora Marina Peralta e os Hermanos Irmãos, a partir das 20h30, no estacionamento da UEMS. Já no dia 24, é a vez do anfiteatro da UEMS, em Jardim, receber o circuito às 20h30. Por fim, no dia 25, os artistas encerram o circuito em Aquidauana, também no anfiteatro da universidade, às 20h30. Os shows são gratuitos. 

O circuito é incentivado pelo FIC- -MS (Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul), com apoio da DCEL (Divisão de Cultura, Esporte e Lazer), por meio da Proec da UEMS (Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários).

Alzira E

Residente em São Paulo, a cantora e compositora Alzira E é a sétima filha de uma família de artistas, afamília Espíndola e iniciou a carreira na música com seus irmãos Tetê Espíndola, Geraldo Espíndola e Celito Espíndola, no lançamento do LP “Tetê e o Lírio Selvagem” (1978/1980). Hoje, ela retorna a Mato Grosso do Sul para cantar ao lado de Hermanos Irmãos, no circuito universitário. “Sempre é muito gostoso voltar a Campo Grande, sentir o cheiro do Cerrado, ver esse céu único daqui e estar com meus irmãos, principalmente cantando. Não canto em Naviraí e em Ponta Porã há muito tempo, será um prazer cantar por lá e voltar para Dourados. Espero rever todos vocês”, revelou, em entrevista ao jornal O Estado. 

Ela ainda destaca a importância de percorrer Mato Grosso do Sul e contar suas histórias para os acadêmicos. “É super importante transitar no Estado, cantar nossas raízes e contar nossas histórias ainda mais para os jovens, ao lado desse trio Hermanos Irmãos, que fazem uma música que ativa essa raiz e que nos conta essa história.” 

Projetos que provocam a circulação da música regional são importantes, segundo Jerry Espíndola, integrante do trio Hermanos Irmãos. “Existe uma dificuldade de a música chegar até o interior, desde a produção aos equipamentos de som, então é muito importante para nós formarmos um público, no interior. Se pudéssemos fazer isso continuamente, não só nós, mas outros artistas também, com certeza formaríamos um público mais curioso sobre a música sul-mato- -grossense”, explica. 

Para Márcio de Camillo, é fundamental os universitários receberem novidades. “Penso que o ambiente universitário tem que sempre receber novidade, pois, é desse ambiente que surge o novo. O novo sempre amanhece, o futuro está na cabeça dos mais jovens. A arte provoca, faz a pessoa pensar diferente”. 

Inédito, o encontro de Hermanos Irmãos com Alzira E e Marina Peralta, também convidada, deve ser uma experiência incrível para Rodrigo Teixeira, que está com uma expectativa enorme. “Reencontrar a Alzira E, que é uma artista que nos influenciou demais, uma referência para nós e estar com ela no palco é sempre um instante mágico. Já com a Marina Peralta será a primeira vez que cantaremos juntos profissionalmente e estamos muito curiosos para ver o resultado. Fazer estes shows no interior, onde estão as raízes que cantamos em nossas letras, vai ser uma experiência incrível.” 

Nos shows, Hermanos Irmãos vai apresentar canções de seu novo EP “Delta da Vida”, além de relembrar músicas de seus dois discos “Por América” e “Ao Vivo”. O trio sempre teve a premissa de tocar nas universidades, conforme Márcio, que ressaltou a proximidade com os acadêmicos. “Sempre antes dos shows fazemos palestras, acreditamos que essa proximidade com os universitários é uma via de mão dupla, pois deixamos o nosso pensamento e trazemos na bagagem o conhecimento e a visão de mundo deles.” 

Hermanos Irmãos 

Criado em 2010, os Hermanos Irmãos usam principalmente instrumentos de corda que aliam o folk aos ritmos fronteiriços da polca paraguaia e da guarânia, resultando em influências da música pop, rock, blues, MPB, jazz e arranjos vocais. O trio é uma “comunhão musical”, conforme Rodrigo, pois já levou para os circuitos universitários diversos artistas de gerações diferentes, como Dino Rocha, Tetê Espíndola e Marcelo Loureiro. 

“Somos três amigos que resolveram fazer um som levando o nome de Mato Grosso do Sul pelo mundo. Nossa ligação com a América do Sul vem desde o início e estamos mais voltados para o Pacífico do que para o Atlântico. O Hermanos Irmãos, antes de tudo, é um sonho que não deixamos morrer”, acrescenta. 

No próximo ano, Hermanos Irmãos celebra 15 anos em grande estilo. O cantor Rodrigo Teixeira garantiu que irá surpreender o público. “Vamos comemorar nossos 15 anos de trio em grande estilo, pois vamos a lugares que ainda não fomos, mas ainda é surpresa.” 

Para Márcio, o trio é uma fotografia sonora e ele explica o motivo. “Escuto, nas canções individuais e nas nossas parcerias, a história da nossa geração e suas influências. Estamos construindo uma obra. Tem muito para acontecer, ainda.” 

A música da geração “pratas da casa” teve uma grande influência no trabalho de Hermanos Irmãos e Jerry destaca a integração que o trio faz com artistas paraguaios, brasileiros e venezuelanos. “A música de Almir Sater, Paulo Simões, dos Espíndolas, Guilherme Rondon, Carlos Colman e Geraldo Roca nos influenciou muito. Então, criamos nossa identidade, mas sem esquecer esse conceito deles, e também fazemos uma integração com a música dos nossos hermanos, da América do Sul. Em 2013, gravamos um disco no Paraguai, produzido por um argentino, com músicos paraguaios, brasileiros e venezuelanos. Já tocamos na Bolívia, Peru, então nós buscamos o circuito sul-americano.” 

Serviço

O “Hermanos Irmãos – Circuito Universitário UEMS” começa hoje, às 20h30, no campus da UEMS, em Ponta Porã e posteriormente segue para Naviraí, Dourados, Maracaju, Jardim e Aquidauana. Os shows são gratuitos.

Programação do hermanos irmãos – circuito universitário UEMS

Hermanos Irmãos e Alzira E 

Ponta Porã 

Terça-feira (9/5) 

Horário: 20h30 

Local: Campus UEMS 

Naviraí 

Quarta-feira (10/5) 

Horário: 20h30 

Local: Campus UEMS 

Dourados 

Quinta-feira (11/5) 

Horário: 20h 

Local: Casa da Cultura UEMS 

Hermanos Irmãos e Marina Peralta 

Maracaju 

Terça-feira (23/5) 

Horário: 20h30 

Local: Estacionamento da UEMS 

Jardim 

Quarta-feira (24/5) 

Horário: 20h30 

Local: Anfiteatro da UEMS 

Aquidauana 

Quinta-feira (25/5) 

Horário: 20h30 

Local: Anfiteatro da UEMS 

Por Livia Bezerra  – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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