Por Bruna Marques – Jornal O Estado MS
Hoje tem festa junina? Tem sim, senhor”! Quando chega o mês de junho, não tem como não lembrar dos arraiais, da comida típica, da dança, das bandeirinhas e da camisa quadriculada.
As festas juninas são uma tradição cultural em praticamente todas as regiões do Brasil e têm, em comum, um alimento protagonista: o milho, presente em diversos pratos como a pamonha, a canjica, a pipoca e tantas outras delícias desta época.
As evidências científicas apontam que o cereal começou a ser cultivado entre 7.500 e 12.000 anos atrás, na região onde hoje está localizado o México. Com o passar dos anos, o alimento foi trazido para a América do Sul, onde foi descoberto pelos europeus a partir da colonização do continente, se espalhando pelo globo terrestre.
Atualmente, o milho é produzido em diversas regiões do planeta. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, com 64 milhões de toneladas anuais, atrás apenas dos Estados Unidos (em 1º, com 384 milhões de toneladas) e da China (em segundo, com 231 milhões de toneladas).
O milho é uma commodity, ou seja, uma matéria-prima usada pela indústria para criação de diversos produtos industrializados, como ração para animais, xaropes e álcool. “Muito versátil, o milho é rico em antioxidantes e um excelente componente para fortalecimento do sistema imunológico, o que pode evitar doenças como gripe e resfriado e pode ajudar no emagrecimento, já que possui fibras que aumentam a sensação de saciedade e melhoram o fluxo intestinal”, explica a nutricionista e professora de Nutrição da Uniderp Aline Parreira.
Como alimento, o milho se destaca por ter um valor acessível e pela versatilidade de seu uso em receitas, sendo rico em carboidratos, proteínas, vitaminas do complexo B, além de ferro, fósforo, potássio e zinco.
BENEFÍCIOS DO MILHO PARA A SAÚDE
Rico em nutrientes: o milho contém vitaminas A, B1 (responsável pela quebra de gorduras, colaborando para o metabolismo, além de ser importante para o desenvolvimento do sistema nervoso), C e magnésio.
Rico em carotenoide: substância responsável pelo pigmento amarelado do milho, é muito importante para a alimentação humana, atuando diretamente na respiração celular, podendo atuar como antioxidante no organismo.
Rico em luteína e zeaxantina: duas substâncias presentes em vegetais, que auxiliam na proteção da visão humana contra os raios ultravioleta, prevenindo contra a degeneração ocular e até a catarata. Luteína e zeaxantina são tipos de carotenoides, além do betacaroteno que se converte em vitamina A em nosso organismo.
Rico em fibras: por sofrer menos processos de refino (o que acontece com outros cereais como o arroz e o trigo), o milho conserva propriedades, principalmente na casca, sendo rico em fibras, o que ajuda o bom funcionamento do trato intestinal. Além disso, as fibras também ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue e o colesterol.
Fonte de energia: por possuir carboidratos complexos, ajuda na produção de energia para o organismo. A especialista pontua que, usado em uma alimentação equilibrada, o milho é um grande aliado, mas alerta quanto aos modos de consumo. “Deixar de lado as opções industrializadas ricas em açúcar, sódio e aditivo é o melhor caminho quando se busca a alimentação equilibrada e saudável. Ficar atento às quantidades também deve ser levado em consideração para que os benefícios do milho sejam manifestados no organismo. Todas essas observações são essenciais para que o consumo auxilie na saúde do coração e na redução do risco de infecções, doenças inflamatórias e autoimunes”, completa Aline.
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