Desde a segunda-feira, 26, o prédio do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho está iluminado com as cores preta, amarela, verde, azul e vermelha, que são da bandeira africana. A iluminação especial fica até esta quarta-feira, 28, em alusão a Campanha Julho das Pretas e ao Dia Estadual das Mulheres Negras.
O vermelho representa o sangue da luta do povo negro, o verde as matas, o azul o céu, o amarelo o ouro/riquezas e a preta a cor da pele. Neste contexto, a iluminação do prédio vem carregada de simbolismo e, em especial, respeito.
O Governo de Mato Grosso do Sul instituiu o Dia Estadual das Mulheres Negras, por meio da lei nº 5.254, de 17 de setembro de 2018 e, desde então, a SubsRacial (Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial) promove a Campanha Julho das Pretas. A agenda deste ano precisou ser adaptada por conta da pandemia de coronavírus e boa parte da programação contempla lives, além de seminário e rodas de conversa.
O Julho das Pretas é uma estratégia para a ampliação e efetivação dos direitos, que coloca em evidência o debate estrutural de gênero, raça/etnia e classe e ecoa as vozes das mulheres negras em todo o Brasil. Foi instituído a partir de uma agenda conjunta com o movimento de mulheres negras internacionalmente.
Uma estratégia para a ampliação e efetivação dos direitos, que coloca em evidência o debate estrutural de gênero, raça/etnia e classe e ecoa as vozes das mulheres negras em todo o Brasil. Foi instituído a partir de uma agenda conjunta com o movimento de mulheres negras internacionalmente.
No dia 29 de julho, a partir das 15h, acontece uma roda de conversa, com transmissão ao vivo pelo facebook do Governo do Estado, para apresentação das ações realizadas em julho e ainda presença de convidados que debaterão sobre várias temáticas que envolvem a população de mulheres negras como violência doméstica, atendimento à saúde, empreendedorismo.
História
O dia 25 de julho se estabelece como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, durante o I Encontro de Mulheres Afro Latino-Americanas e Afro-caribenhas, que aconteceu em Santo Domingo, na República Dominicana em 1992, com a participação de setenta países, do qual transcorreram-se duas decisões: 1° A criação da Rede de Mulheres Afro latino-americanas e Afro-caribenha; 2° Definição do 25 de julho como Dia da Mulher Negra latino-americana e Caribenha.
No Brasil a Lei nº 12.987, de 02 de julho de 2014, instituiu o dia 25 de julho como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola, após a morte de seu companheiro José Piolho, tornou-se a rainha do quilombo de Quariterê, onde habitavam negros e indígenas, localizado no Vale do Guaporé (MT), entre 1750 e 1770.
No âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, o Dia Estadual das Mulheres Negras foi instituído pela lei nº 5.254, de 17 de setembro de 2018.
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