Kraven – O Caçador

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Universo Cinematográfico da Sony traz aos cinemas mais um longa que busca superar fracassos de produções anteriores

Eis que chega aos cinemas mais uma tentativa de emplacar outro longa do Universo Cinematográfico da Sony, “Kraven, o Caçador”. O filme é estrelado por Aaron Taylor-Johnson conta também com Russell Crowe (Gladiador), Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor), Fred Hechinger (The White Lotus) e Alessandro Nivola (Os Muitos Santos de Newark) no elenco. J.C. Chandor (Operação Fronteira) vai dirigir “Kraven, O Caçador” a partir de um roteiro assinado pela dupla Art Marcum e Matt Holloway (Homem de Ferro) ao lado de Richard Wenk (O Protetor).

Sinopse

Em “Kraven – O Caçador”, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super-humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.

Incertezas

O mais triste é que Kraven estreia em meio às incertezas que rondam o futuro dos filmes associados ao universo de Spider-Man. Com a estreia hoje, esta produção se torna não apenas uma das últimas confirmadas, mas também uma das mais esperadas para avaliar o desempenho dessa franquia no mercado cinematográfico, que provou o gosto amargo do fracasso em “Morbius” (2022) e “Madame Teia”, em 2024. Se por um lado a trilogia “Venom” tenha garantido bons resultados nas bilheterias, o desempenho de “Kraven, o Caçador” é crucial, tanto para fechar o ano com chave de ouro quanto para redefinir os rumos dos próximos lançamentos do estúdio.

O orçamento de “Kraven, o Caçador” tem sido um ponto de debate entre especialistas. Estima-se que o custo de produção gire em torno de US$ 110 a 150 milhões, tornando-o um dos projetos mais caros dentro do Sony Spider-Man Universe, perdendo apenas para algumas produções da franquia “Venom”. Com esse investimento, a pressão para que o filme se sobressaia nas bilheterias é ainda maior. Para determinar o sucesso de “Kraven, o Caçador” nas bilheterias, é essencial entender as regras gerais de lucratividade em Hollywood.

Um filme geralmente precisa arrecadar pelo menos o dobro do seu custo de produção para começar a gerar lucro, uma vez que os custos de distribuição e marketing não estão incluídos no orçamento inicial. No caso de “Kraven, o Caçador”, sua necessidade de faturamento chega a ser superior a US$ 300 milhões mundialmente para cobrir despesas gerais e começar a gerar lucro. Esse valor seria um marco importante, especialmente considerando os precedentes de filmes como “Morbius”, que tiveram dificuldades em atingir grandes cifras globais.

Apesar do cenário inicial, “Kraven, o Caçador” pode se beneficiar de um forte boca a boca e de seu potencial apelo em mercados internacionais. Além disso, seu tom mais sombrio, representado por uma classificação indicativa mais elevada, pode atrair um público diferenciado em busca de histórias complexas e menos convencionais. O astro Aaron Taylor-Johnson falou um pouco sobre seu personagem em “Kraven: O Caçador”. Filme que adapta dos quadrinhos o importante vilão do Homem-Aranha. Entre os destaques da entrevista, o astro prometeu um filme selvagem. “A melhor sequência de ação que você vai ver é Kraven correndo descalço pelas ruas de Londres. Ele não se importa com os vidros quebrados perfurando seus pés. Ele é um animal. Uma besta selvagem”, disse o ator.

Críticas

“Kraven, o Caçador” parece estar deixando um gosto amargo no “fim” da era de lançamentos da Sony Pictures para o seu Aranhaverso nos cinemas, após a revelação das primeiras reações da crítica.

“Kraven é divertido quando Johnson está em ação causando um caos sangrento, mas todo o resto é uma chatice. Um elenco muito bom retido por um diálogo desajeitado e maçante. Outro exemplo de um vilão que virou herói. Uma história que não tem nenhuma intriga. Rhino e Camaleão desperdiçados. No geral, uma decepção.”, disse Cris Parker, do @3C Films.

Já o crítico Chris Gallardo classificou o longa como “clichê”. “Este filme é um completo clichê em todos os momentos. Aaron Taylor-Johnson tenta tirar o máximo de proveito disso, mas o roteiro não permite. A ação é um pouco divertida, mas é confusa com tanta informação.”

E a crítica especializada segue batendo no filme. “Um grande balde de NADA. Embora eu tenha gostado da ação, ela foi cortada tão rápido que não deu para aproveitar! Atuação PÉSSIMA, roteiro terrível e um completo desperdício de Johnson, que eu realmente adorei no papel. Não é uma boa história…”, afirmou Leo Rydel do @GeeklyGoods.

Andrew J Salazar, coloca na conta da Sony os erros cometidos ao longo do processo criativo, ou na falta dele. “Kraven, o Caçador provavelmente foi um filme de ação sólido até um certo ponto, mas os erros usuais da Sony estão todos aqui. Diálogos horrorosos, edição irregular e toneladas de animais CGI sem vida! Não vale o preço do ingresso, mas tem umas 3 cenas que estou super ansioso para ver como novos memes.”

Russ Milheim, do The Direct também detonou o uso de CGI do filme. “A produção é exatamente aquilo que você esperava dela, e parece nem entender seus personagens e como adaptá-los, e muitas vezes parece algo completamente criado por IA.”

Adeus ao universo estendido do Homem-Aranha?

O universo estendido do Homem-Aranha que a Sony Pictures criou sem a presença do “cabeça de teia” pode ter finalmente chegado ao fim. Antes mesmo da estreia de Kraven, a empresa decidiu que não vai mais fazer nenhum investimento para contar histórias ligadas aos vilões e companheiros de Peter Parker. A informação parte do The Wrap, que afirma que o foco único da empresa passará a ser os filmes do Homem-Aranha que produz em parceria com a Marvel Studios.

Com isso, ela pretende minimizar perdas e apostar somente em produtos relacionados a Tom Holland, que já provaram sua capacidade de atrair grandes públicos e receitas. Enquanto todos os projetos live action da Sony Pictures foram engavetados, ela ainda vai continuar investindo na terceira parte da animação Aranhaverso. De forma semelhante, a série do Homem-Aranha Noir estrelada por Nicholas Cage continua sendo produzida e é vista como uma aposta relativamente segura.

Segundo o The Wrap, a decisão foi um resultado de uma série de resultados abaixo do esperado que a empresa obteve com a maioria de seus filmes. O fracasso mais recente teria sido o de “Venom: A Última Rodada” que, apesar de ter conquistado US$ 472 milhões na bilheteria global, não teria correspondendo às expectativas da companhia.

“Kraven, o Caçador” está em cartaz nos cinemas a classificação indicativa é de 16 anos.

 

Marcelo Rezende

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