Marcelo Rezende
“Jumanji” é um daqueles filmes que marcaram época de muita gente, inclusive a minha. Talvez por esse motivo, muitos não receberam com bons olhos o remake/reboot do filme original, principalmente após a morte do querido ator Robin Willians. O filme de 1995 foi baseado em “Jumanji”, um livro infantil de 1982 escrito e ilustrado por Chris Van Allsburg. A história descreve um jogo de tabuleiro com temática da natureza, onde animais reais e outros elementos aparecem magicamente assim que um jogador joga os dados.
“Jumanji: Bem-Vindo à Selva” estreou nos cinemas em 2017, adaptado à realidade contemporânea, foi uma grata surpresa, conquistou a crítica e o púbico, além de ser bacana e bem divertido. Eis que em 2020 o parecer desta nova aventura tem sido positivo diante da crítica internacional. A sequência promete ser tão divertida quanto o primeiro filme e realmente pode levar a um novo nível de diversão.
Na trama, tentado em revisitar o mundo de Jumanji, Spencer (Alex Wolff) decide consertar o jogo de videogame, que permite que os jogadores sejam transportados ao local. Formado por Smolder (Dwayne Johnson), Moose (Kevin Hart), Shelly (Jack Black) e Ruby (Karen Gillan), o quarteto está de volta e, agora, comandado por outras pessoas: Danny DeVito e Danny Glover entram em cena e interpretam os avôs de Spencer e Fridge. A diversão está só começando!
Assim com o primeiro filme, “Jumanji: Próxima Fase” foi dirigido por Jake Kasdan, que também trabalhou no roteiro junto com Scott Rosenberg e Jeff Pinkner. A música foi composta por Henry Jackamn. O elenco conta com Dwayne Johnson, Karen Gillan, Kevin Hart, Jack Black, Awkwafina, Nick Jonas, Danny Glover, Alex Wolff, Madison Iseman, Morgan Turner, Ser’Darius Blain e Danny DeVito.
Quando “Jumanji: Próxima Fase” estreou em dezembro de 2019 alcançou a marca de US$ 257,1 milhões arrecadados em bilheteria nos Estados Unidos. No restante do mundo, sem contar o Brasil, onde estreia hoje, o filme arrecadou cerca de US$ 414 milhões em bilheteria, totalizando US$ 671,1 milhões. Com isso já se tornou a maior bilheteria da Sony em dezembro. Seu antecessor, “Jumanji: Bem-Vindo à Selva” arrecadou durante sua exibição nos cinemas ao redor globo cerca de US$ 962,1 milhões.
O filme segue agradando, como seu antecessor. No IMDb, por exemplo, alcançou a nota 7 / 10. No Rotten Tomatoes, o longa-metragem alcançou 71% de aprovação pela crítica especializada e 87% de aprovação pelo público geral. Peter Bradshaw, do jornal diário nacional britânico “The Guardian”, deu três estrelas para a produção. “Mostra todos os sinais de se tornar uma franquia de filmes de família muito sólida, animando-se mais uma vez com as tradições de Indiana Jones. E há mais uma vez uma química muito boa entre suas quatro estrelas: Dwayne Johnson, Kevin Hart, Karen Gillan e Jack Black, e a ligação cômica entre Hart e Johnson”.
John DeFore, da revista norte-americana “The Hollywood Reporter”, também deu três estrelas, apesar de fazer ressalvas ao filme. “Grande parte do prazer do primeiro filme veio do fato de assistir a atores adultos, com muita certeza em suas personalidades, fingirem ser crianças que ficaram admiradas por seus novos corpos e habilidades. Desta vez, essa fase de conhecer é muito menos divertida.”
Peter Debruge, da revista especializada em cinema “Variety”, comentou que o fim da obra é inspirado em “Game of Thrones”. “Jumanji foi expandido para incluir os desafios do deserto de David Lean-ian e um elaborado fim claramente inspirado em Game of Thrones […] Kasdan aumenta a violência e a intensidade em Próxima Fase.”
Glenn Kenny, que escreve para o jornal “New York Times”, deu apenas duas estrelas para o longa. “Tem alguns momentos agradáveis, e o elenco, como no anterior, se diverte. Mas as sequências de ação são inanimadas; as lições válidas, mas indiscutivelmente obsoletas.”
Hiccaro Rodrigues, do site Estação Nerd, gostou bastante e já avisou que há cena pós-créditos. “As sequências de ação dentro do videogame são maiores e ocupam mais tempo do que a aventura anterior, dando um ar verdadeiro de ‘game de aventura’ à trama. O ponto negativo é o CGI usado nas criaturas, que ainda é bem artificial. ‘Jumanji: Próxima Fase’ é uma aventura agradável que se repete em alguns momentos (leia piadas e situações), mas que nem por isso deixa de ser um bom divertimento nestas férias. Compre a pipoca e se divirta. Atenção: o filme possui uma cena pós-crédito, e essa sim levará Jumanji a um novo nível.”
“Jumanji: Próxima Fase” estreia hoje nos cinemas do país e a classificação é para 12 anos.