Jornalista Hélio Fernandes morre no Rio de Janeiro

Reprodução/Internet
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Hélio Fernandes, um dos maiores jornalistas da história do Brasil, morreu, aos 100 anos de idade, nesta quarta-feira (10). Segundo a família, Hélio teve uma morte tranquila, serena. A causa ainda não foi divulgada. Ele será cremado hoje (11).

Hélio, irmão de Millôr Fernandes, começou a trabalhar como jornalista na revista O Cruzeiro, quando tinha 13 ou 14 anos de idade. Em seguida, foi chefe da seção de esportes do Diário Carioca, onde chegou ao cargo de secretário, semelhante ao atual editor. Quando o jornal fechou, foi ser diretor da revista Manchete.

Depois disso, Hélio passou por muitos dos grandes e históricos veículos da imprensa brasileira. No começo da década de 1960, Hélio Fernandes adquire o jornal Tribuna da Imprensa, fundado alguns anos antes por Carlos Lacerda agora governador do estado da Guanabara. Muitos jornalistas importantes dessa época ganharam destaque com ele, como Paulo Francis e Sebastião Nery.

Após o AI-5 em 1968, foi preso várias vezes, inclusive no DOI-CODI, afastado compulsoriamente do Rio de Janeiro se viu obrigado a passar períodos de exílio interno em Fernando de Noronha e em Pirassununga(SP). Diferentemente de outros donos de jornal, Hélio nunca aceitou a censura e jamais deixou de tentar publicar as notícias do período. Seu jornal foi o que mais sofreu intervenção durante a Ditadura Militar: teve mais de vinte apreensões e censores instalados dentro de seu prédio por dez anos e dois dias.

A sede do jornal chegou a ser alvo de um atentado a bomba, poucos dias antes do Riocentro, já na época final da ditadura militar, em 1981, mas no dia seguinte o jornal estava nas bancas.

Está previsto, para esse ano, o lançamento de um documentário sobre Hélio. Um livro, que está sendo escrito por Ana Helena Ribeiro Tavares também está para ficar pronto em 2021.
(Com informações UOl)

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