Teatro Aracy Balabanian recebe espetáculo do Ginga Espaço de Dança, que celebra as múltiplas dimensões da identidade brasileira, unindo corpo, música e movimento
Hoje (17) no Teatro Aracy Balabanian, em Campo Grande, será palco espetáculo “Metade de Mim”, produção de fim de ano do Ginga Espaço de Dança. A apresentação propõe uma experiência única que combina corpo, música e movimento, explorando a identidade e a brasilidade através da dança.
A obra convida o público a mergulhar nas múltiplas dimensões da expressão corporal, revelando fragmentos de memória, emoção e pertencimento. Combinando dança contemporânea, ballet e jazz, o espetáculo busca traduzir em gestos a riqueza cultural do Brasil e a diversidade de suas raízes.
O elenco é formado por crianças e adultos que interpretam coreografias intensas, pulsantes e sensíveis, construídas para transmitir histórias que atravessam gerações. Cada movimento reforça a conexão entre corpo e música, transformando a dança em uma ferramenta de celebração, resistência e reflexão sobre quem somos e de onde viemos.
Produzido com dedicação e cuidado artístico, “Metade de Mim” é resultado de um processo que valoriza a pesquisa cultural e a experimentação de linguagens corporais. A direção reforça o papel da dança como ponte entre passado e presente, entre o individual e o coletivo, proporcionando ao público uma experiência imersiva e transformadora. Os ingressos estão disponíveis pelo Ginga Espaço de Dança, com apresentações sempre às 20h.
O projeto é realizado pelo Ginga Espaço de Dança e conta com o apoio do Centro Cultural José Octávio Guizzo e da SETESC (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura do Governo do Mato Grosso do Sul). Para mais informações e reservas, o público pode entrar em contato pelo WhatsApp (67) 3025-2601.

Foto: reprodução
Coletivo e relações sociais
O espetáculo “Metade de Mim”, dirigido e preparado por Julia Mansur, propõe uma reflexão sobre a construção da identidade a partir das relações coletivas presentes na cultura brasileira. Por meio da dança e da música, a montagem busca revelar ao público como cada indivíduo carrega em si influências do coletivo, das trocas sociais e das experiências compartilhadas, equilibrando a singularidade pessoal com os vínculos comunitários.
Para o jornal O Estado, Júlia contou que o título poético sintetiza a ideia de que somos formados tanto pelo que recebemos do outro quanto pelo que levamos dentro de nós, unindo momentos de luta e celebração em uma experiência sensorial e emocional.
“‘Metade de Mim’, vem como título a partir do entendimento que a equipe chegou sobre as relações construídas na brasilidade. A nossa construção individual vem de parte muito importante do coletivo, das relações sociais, das trocas, força que a gente precisa compartilhar na lida, nas festas, nas batalhas. Metade de mim representa as trocas, o que a gente recebe e o que a gente tem em nós, sem esquecer a individualidade e singularidades. A luta e a festa”.
Corpo e música brasileira
O espetáculo Metade de Mim também se destaca pelo diálogo entre o corpo e a música brasileira, construindo uma narrativa que celebra a diversidade sonora do país. O processo de criação das coreografias envolveu observação cuidadosa das turmas e exploração das modalidades de dança, permitindo que cada movimento refletisse tanto a identidade coletiva quanto a singularidade de cada intérprete.
“A escolha das músicas foi feita depois que o tema e o título do espetáculo foram definidos e, principalmente, observando o perfil de cada turma. As modalidades de dança podem construir várias narrativas de diversas formas”, detalha Júlia.
A seleção musical buscou homenagear grandes nomes da música brasileira, criando uma conexão orgânica entre o repertório escolhido e as histórias que o espetáculo pretende contar no palco.
“Os professores foram sugerindo muitas músicas, pensando na celebração de grandes artistas brasileiros, nos perguntando quem gostaríamos de homenagear. A partir disso, fomos testando cada canção com a sua turma e percebendo as possibilidades, assim definindo as escolhas. O primeiro nome foi Chico Buarque, e a partir dele fomos discutindo o tema, percebendo as turmas e entendendo as nuances”, completa.

Foto: reprodução
Desenvolvimento da escola
O espetáculo Metade de Mim, produção de fim de ano do Ginga Espaço de Dança, reflete o crescimento das turmas e o desenvolvimento individual de cada bailarino ao longo de 2024. Mais do que uma celebração artística, a montagem se tornou um espaço para pensar as múltiplas brasilidades e a vida coletiva dentro e fora da escola, trazendo à tona experiências compartilhadas e a força do coletivo que molda cada trajetória.O espetáculo simboliza tanto o amadurecimento dos alunos quanto o fortalecimento da identidade da escola, que soube equilibrar a singularidade de cada um com a construção de uma narrativa comum.
“Percebemos um cansaço muito grande de modo geral. A equipe que pensou o espetáculo vem conversando sobre isso para além da escola, percebemos isso em outros empregos, nos estudos, na rotina… Por isso escolhemos falar do que podemos ser nas diversas brasilidades vividas. Cada um tem a sua vida, mas vivemos um coletivo que ressoa fortemente. O ano foi importante pra escola, as turmas desenvolveram cada uma a sua personalidade, o espetáculo mostra muito disso”, finaliza.
Serviço
Ontem teve apresentações, mas hoje (17),o público poderá conferir o espetáculo às 20h, no Teatro Aracy Balabanian, localizado na Rua 26 de Agosto, 453, no Centro de Campo Grande (MS). Os ingressos estão disponíveis pelo Ginga Espaço de Dança, com valores de R$ 50,00 para inteira e R$ 30,00 para meia social.
Por Amanda Ferreira
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