A ginecologista esportiva Jéssica Silvestre explicou, em entrevista ao jornal O Estado, os benefícios da prática de esportes para as mulheres e, ainda, de que maneira um bom acompanhamento ginecológico combinado com a regulação de hormônios pode auxiliar na melhora do desempenho em atividades esportivas e também na melhora na autoestima.
Jéssica contou que seu interesse por essa área surgiu há alguns anos, quando seu marido estava participando de um concurso de fisiculturismo, momento em que ela foi estudar sobre o assunto para compreender como poderia ajudá-lo. “Eu fui estudando e, aos poucos, entendendo como incluir a prática de esportes na rotina de qualquer pessoa, mas principalmente na das mulheres, qué o meu público principal, pode contribuir para um organismo muito mais saudável”, disse.
A ginecologista explicou que mesmo com a rotina que, na maioria das vezes, é corrida, hábitos como se alimentar bem, não pular refeições, controlar as calorias e praticar exercícios podem ser benéficos para a saúde. “O segredo é estabelecer uma rotina! Sempre que eu recebo minhas pacientes no consultório, a primeira consulta é um bate-papo, porque eu preciso, primeiramente, entender como é a vida delas e como a rotina funciona, para só então, nós duas juntas, estabelecermos um cronograma de alimentação aliada a exercícios físicos que se encaixem na rotina dela”, salientou.
Conforme a médica, especificamente para a saúde feminina, a ginecologia e medicina esportiva atua em situações em quhá repercussão negativa, principalmente em mulheres atletas, trabalhando para reverter esses casos. “A medicina esportiva ginecológica ajuda as mulheres a terem um ciclo menstrual mais regular, menos sintomas de TPM, diminui os distúrbios metabólicos, além de promover uma melhor performance, tanto para a prática de exercícios quanto para a correria do dia a dia.”
Além disso, Jéssica explicou que, para atingir qualquer objetivo físico, seja emagrecimento ou ganho de massa magra, é necessário estar disposta a realizar o processo indicado pelos profissionais de saúde. “Existem, por exemplo, as medicações injetáveis para alguns casos, entretanto, eu sempre gosto de lembrar que essas medicações não agem sozinhas, elas precisam estar aliadas a atividades físicas e alimentação balanceada. O processo não é rápido, depende de rotina e constância”, disse.
A médica ainda ressalta que é importante manter a rotina saudável por diversos motivos, mas principalmente para incentivar as futuras gerações. “As pessoas querem que as crianças se alimentem bem e sejam saudáveis, sendo que, muitas vezes, não dão o exemplo”, finalizou.
Tamires Santana – O ESTADO
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