Ela vem sim! Diva pop Lady Gaga é atração gratuita no Rio de Janeiro no próximo sábado

Foto: Reprodução
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Fãs se mobilizam para ver a ‘Rainha do Pop’ da atualidade

O Brasil será mais uma vez palco para uma apresentação gratuita de outra diva pop: Lady Gaga. Ao estilo de Madonna, no ano passado, a ‘Mother Monster’ realizará no próximo sábado (3) apresentação na praia de Copacabana, para um público de aproximadamente 1,6 milhão de pessoas. Esse será o único show da artista na América do Sul e a expectativa dos fãs é gigante, já que Lady Gaga cancelou seu show no Rock in Rio de 2017, devido a uma crise de fibromialgia, o que gerou indignação e, ao melhor estilo dos brasileiros, muitos memes como o ‘Ela não vem mais!’ e ‘Brasil, I’m devastated’, em referência a um pronunciamento da cantora sobre o cancelamento.

O show da cantora faz parte do projeto ‘Todo Mundo no Rio’ promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

Com um show dessa magnitude, os sul-mato-grossenses fãs da cantora – que inclusive são conhecidos como ‘little monsters’ – estão na reta final dos preparativos para o evento. O médico Gabriel Loureiro, de 26 anos, está na ansiedade desde o ano passado, quando a vinda de Lady Gaga para o Brasil ainda era apenas um rumor. “Fiquei animado depois de todo o mistério sobre quem seria a atração desse ano, depois do show da Madonna, ainda mais depois do cancelamento em 2017”, relembra. “Agora, a preparação está acontecendo com muita ansiedade, mas já estou com tudo pronto para o embarque, que farei com amigos”.

A descrença também foi um dos sentimentos da estudante Pietra Estevão Dorneles, de 21 anos, ao saber do show. “Achei incrível! Fiquei super animada só de pensar na possibilidade de ir. É aquela sensação de ‘meu Deus, é real!”. Assim como Gabriel, ela irá curtir a apresentação ao lado dos amigos. “Estou indo numa excursão estilo ‘bate-volta’, com uma van de agência de turismo. A gente chega no Rio de manhã, curte a praia e depois vai direto para o show. E, assim que acabar, já voltamos. Três amigos vão comigo, então vai ser bem especial”.

Lá no começo

Foi lá em 2008 que a cantora norte-americana surge no cenário musical, com hits como ‘Just Dance’ e ‘Poker Face’, do álbum ‘The Fame’. Sempre polêmica, navegando em referências como David Bowie, Madonna e Queen (de onde tirou o nome ‘Gaga’), a artista virou referência em um estilo marcante, sendo clara e consistente em seus posicionamentos em favor de causas como LGBTQIAP+ e das mulheres.

Com o álbum ‘The Fame Monster’, que possui os hits ‘Bad Romance’, ‘Telephone’ e ‘Alejandro’, Gaga trouxe a luz certa afronta com temas religiosos, bem ao estilo Madonna; em 2011, com seu terceiro álbum de estúdio, ‘Born This Way’, ela vira ícone para a população LGBTQIAP+ e diversas outras minorias.

“Acompanho ela desde 2008, com o lançamento da primeira música. O primeiro clipe foi ‘Just Dance’, e me marcou porque na época era algo totalmente fora do usual que tinha no mercado, que tinha uma predominância de hip hop e R&B”, opina Gabriel.

“Sou fã desde criança. Lembro de cantar, dublar e imitar os clipes com a minha tia, era nosso momento juntas. Sempre achei a Gaga icônica, autêntica, com letras provocativas, visuais inovadores… ela sempre foi muito à frente”, reflete Pietra. “Acho que ‘Bad Romance’ foi o primeiro vídeo dela que vi. O clipe é impactante até hoje, super teatral, diferente de tudo o que já tinha visto. Me marcou pela estética e pela intensidade”, reflete a estudante.

Fã a tempos

Com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, o influenciador campo-grandense Orlando Beraldo é fã de Lady Gaga a pelo menos 15 anos, e está tentando conseguir a entrada VIP para o show por meio de promoção de uns dos patrocinadores do evento.

“Sou fã da Gaga desde 2010, que foi quando eu conheci ela e me apaixonei. Não era um tempo que a gente falava abertamente sobre ser gay, sobre ser LGBT. E ver ela trazer isso, trazer essa questão nas falas dela, nos discursos que ela dava nas premiações, me aproximou muito dela. Inclusive é por causa disso que farei uma tatuagem da Lady Gaga, vou estar mais do que conectado com ela”, explicou em entrevista ao jornal O Estado.

“Quando soube que ela vinha, primeiro fique meio reticente, era só um rumor, né? Mas o prefeito do Rio de Janeiro ficou soltando algumas informações, e quando confirmou já estava de passagem comprada. Com a confirmação, a ansiedade triplicou”.

A primeira música que me marcou foi Born This Way. A primeira música que eu vi dela foi Paparazzi, que foi quando eu conheci ela em 2010, que eu vi o clipe de Paparazzi, que foi quando eu me apaixonei por ela. E a primeira música que marcou foi a performance de Born This Way, do Grammy, que eu fiquei assim… ‘Que mulher é essa?’ Eu já era fã há algum tempo dela, mas essa performance me marcou, tanto pela letra da música, que foi uma música que ela escreveu pensando nas pessoas LGBT, pensando em acabar com esse preconceito, em ditar uma música que tentasse acabar com o preconceito contra nós. Então essa música me marcou, me marca muito até hoje, me emociona até quando eu paro para ver o que ela escreveu na letra dessa música, eu fico emocionado”, recorda.

Orlando conta que em já foi no show da diva pop em 2012, durante passagem pela turnê ‘Born This Way’. “Assisti ela no Morumbi. Foi o meu primeiro show internacional e foi inesquecível, eu espero que esse também seja”.

Mesmo que já tenha ido em outros shows internacionais, a expectativa de Gabriel é maior para a Gaga. “Fui ao show no Morumbi em 2012 e posteriormente em três shows no exterior, mas receber ela no Rio de Janeiro é o mais especial por conta de toda a tragédia do cancelamento no Rock in Rio”, recorda.

O santuário de Gabriel Loureiro – Foto: Coleção Gabriel/Arquivo pessoal

Longe…

Geralmente, shows internacionais não saem do eixo Rio-São Paulo, o que gera dificuldades para os fãs de outros locais. “É difícil ser um fã distante morando no Mato Grosso do Sul porque sempre temos que nos locomover pra chegar até os artistas, mas compreensível, pois o público do nosso estado não consome muito esse gênero”, opina Gabriel.

“É bem difícil. Sempre que a gente quer ver algum artista internacional, tem que se planejar muito, gastar bastante… tudo é longe. Mas quando acontece, vale a pena”, diz Pietra.

“Nenhuma turnê vem para cá. Ainda mais internacional. As nacionais não chegam aqui, quem dirá as internacionais, não é? Eu vou para São Paulo de avião, e aí como o voo daqui de Campo Grande para o Rio de Janeiro tava caríssimo, eu comprei a passagem de avião daqui para São Paulo, e aí de São Paulo para o Rio de Janeiro irei de ônibus. E a volta é o mesmo”, explica Orlando.

O santuário de Orlando Beraldo – Foto: Coleção Orlando/Arquivo pessoal

Inspiração

Muitos fãs veem a Gaga como mais do que uma artista pop — ela representa liberdade, superação, inclusão. Pietra, por exemplo, leva a autenticidade e liberdade da artista como ensinamento para a vida.

“Ela inspira por ser quem é sem medo, a falar o que pensa e se expressar por meio do seu estilo, estética e músicas. Admiro muito essa coragem dela de se mostrar por completo, seja nas músicas, no estilo ou nas performances”.

“A mensagem dela que eu trago para a minha vida é essa pessoa que ela normaliza ser estranho, normaliza ser diferente. Ela é a mãe dos monstros, que é o jeito que ela chama a gente, né? Os little monsters, e ela é a mother monster. Então, essa mensagem que ela traz de que tá tudo bem você ser diferente, tá tudo bem você ser visto, tá tudo bem você ter uma loucura em si, é isso que eu trago para minha vida. E é isso que me fascina na Lady Gaga”, diz o influenciador.

“Espero sentir êxtase e gratidão por estar ali. Quero cantar muito com meus amigos, viver essa energia do Rio e da Gaga. É difícil escolher, mas tô na expectativa por ‘Poker Face’, ‘Bad Romance’, e tudo o que ela quiser entregar!”, finaliza Pietra.

“Quero viver nesse show do Rio, a área VIP. Porque é algo que eu tô tentando, já faz dois meses, estou dando 200% para tentar ganhar esse VIP, estar lá bem pertinho dela. Acredito até o último segundo que eu vou conseguir esse VIP. E se eu não conseguir, eu vou assistir ela de longe, mas vou assistir a minha Lady Gaga!”, finaliza Orlando.

 

Por Carolina Rampi

 

 

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