Documentário “Duas Coroas” estreia hoje

Obra retrata vida do padre Maximiliano Kolbe, canonizado em 1982

A biografia do padre Maximiliano Kolbe, apresentada no documentário polonês “Duas Coroas”, estreia hoje na Capital. A produção polonesa traz detalhes da vida do santo fundador da obra internacional Milícia da Imaculada e que morreu num campo de concentração para salvar um pai de família. Dirigido pelo polonês Michal Kondrat, o filme tem uma abordagem que vai além da dramatização e, sob um ponto de vista histórico, traz informações até então pouco conhecidas sobre a vida e obra do santo.

“Duas Coroas” chega ao Brasil pela Kolbe Arte Produções e o trabalho de adaptação e acessibilidade tem a assinatura da Render Brasil, uma produtora de Mato Grosso do Sul. No cenário atual, diante de uma sociedade dividida, em que as pessoas brigam entre si por temas controversos, Kolbe nos fala sobre a construção do mundo por meio do diálogo, de atitudes verdadeiras e do amor ao próximo.

O ano de 2019 marca os 80 anos de invasão da Polônia pela Alemanha, em meio à Segunda Guerra Mundial, onde mais de 6 milhões de judeus poloneses foram mortos pelo regime nazista de Adolf Hitler. Entre os milhões de vítimas desse genocídio está o nome de Maximiliano Kolbe, padre que foi canonizado em 10 de outubro de 1982 pelo papa João Paulo II.

Padre Kolbe morreu em 14 de agosto de 1941, após duas semanas de isolamento em um campo de concentração, vítima da fome, castigo por ter se oferecido para salvar a vida de um pai de família. O nome do homem salvo pelo santo era Franciszek Gajowniczek, católico, nascido no vilarejo polonês de Strachomin e que morava em Varsóvia desde 1921. Tinha mulher e dois filhos e, como soldado, defendera o seu país durante a invasão nazista de setembro de 1939.

Capturado pela Gestapo, Gajowniczek foi escolhido ao mero acaso para ser executado após a fuga de outro prisioneiro. Seu desespero ao pensar no futuro da família foi ouvido pelo padre polonês, que livremente se ofereceu para trocar de lugar com aquele homem. Gajowniczek foi solto depois de quase seis anos, recebendo a notícia de que seus filhos haviam morrido durante um bombardeio soviético sobre a Polônia. Ainda consternado pelo fato, Gajowniczek decidiu dedicar-se a testemunhar e divulgar o que lhe havia acontecido: um santo homem dar a vida em seu lugar.

A diretora-executiva da Kolbe Arte Produções, Angela Morais, falou sobre a importância da obra em tempos de pouco amor ao próximo. “O filme traz uma mensagem de doação, de esperança e de amor. A vida de Maximilano Kolbe traz ensinamentos muito importantes para o nosso dia a dia. O fato de ele ter dado a vida por um pai de família, em um campo de concentração, foi o cume de sua vida. Porém antes ele teve conflitos e dificuldades, em que sua fé foi provada e ele manteve a fé em Deus e em Nossa Senhora, pregando o amor ao próximo. Ele seguiu pela porta que leva ao caminho de Deus, e que é o que os cristãos buscam. A grande mensagem do filme é de confiança, de amor, superação e de coragem. Não é um filme só para católicos. É para o mundo e para pessoas em geral.”

Angela ainda ressalta a abordagem do filme, que é diferenciada, pois foge um pouco das cenas feitas apenas durante a Segunda Guerra Mundial. Com linguagem de documentário, a produção conta com trechos de depoimentos, além da direção competente e de atores consagrados na Polônia. “A qualidade e a técnica são superiores ao que já foi feito sobre São Maximilano até o momento. Trata-se de um filme competitivo no mercado comercial”, finaliza. O filme será exibido no Cinemark e na UCI Cinemas.

(Texto: Marcelo Rezende com Assessoria)

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