Ao som da zabumba, do triângulo e da sanfona, as Matrizes Tradicionais do Forró foram reconhecidas nesta semana como Patrimônio Cultural do Brasil. O título, concedido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), valida os mais de cem anos de contribuição para a cultura, história e identidade do povo nordestino e do Brasil, que tem neste ritmo uma das suas maiores expressões artísticas.
A proposta, apresentada pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba, teve ratificação de mais de 400 forrozeiros de todo o país. De acordo com o Iphan, as Matrizes Tradicionais do Forró são uma forma de expressão multimodal, cujo núcleo é a performance social de um leque de tipos de música e dança.
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Luiz Gonzaga foi um dos forrozeiros mais conhecidos, tanto é que ganhou o apelido de “Rei do Baião”; o título do Iphan veio em proximidade ao Dia Nacional do Forro, data de morte do músico. Foto: Acervo/Museu de Luiz Gonzaga
O forró, desde seus primeiros registros conhecidos no início do século 20, remete à festa popular e a palavra assumiu também o sentido de um tipo específico de música, cantada ou instrumental. Assim como o choro, o frevo e o samba, definiu-se nos bailes e festividades populares, num ambiente de ampla participação e de contatos físicos e culturais. Este ambiente é tema de letras de sucessos, como “Asa Branca”, “Forró em Limoeiro” e tantos outros.
Com o título, as Matrizes Tradicionais do Forró foram inscritas no Livro de Registro das Formas de Expressão, com abrangência nacional. A partir de então, elas passam a ser alvo de políticas públicas para a salvaguarda da manifestação. No próximo dia 13 de dezembro, comemora-se o Dia Nacional do Forró e aniversário do músico pernambucano Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”.
(Fonte: Mtur)