Dança em Trânsito

(Foto: Reprodução)
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Bailarino de MS representa o Estado em festival na Coreia do Sul

Os bailarinos da Cia de Dança do Pantanal e da Cia Infantojuvenil do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano estão prontos para se apresentarem nos palcos de diversos festivais, ao redor do mundo. Do Brasil a Coreia do Sul, os artistas pretendem encantar o público com sua arte refinada e expressiva.

O bailarino Agustín Salcedo, da Cia de Dança do Pantanal, embarcou esta semana para a Coreia do Sul, onde participará do festival “Dança em Trânsito – Rotas”. Este evento inovador une artistas de diversas partes do mundo para colaborarem em uma performance conjunta, sob a direção de Flávia Tápias, uma das mentes por trás do festival.

Agustín, tem sido uma presença constante no festival desde 2021, sempre representando a Cia de Dança do Pantanal. O bailarino compartilhou para o Jornal O Estado sobre sua ida até o país asiático, e suas perspectivas para a apresentação.

“Estou com muitas expectativas nessa edição, muito animada em conhecer uma cultura diferente, outro país, ter intercâmbio com outros bailarinos do mundo. Sem dúvidas vai acrescentar muito na minha arte, dança e pessoa. Estou nervoso, mas com a cabeça aberta para tudo. Isso sempre me deixou mais maleável para todas as situações”, confessou em entrevista.

Há três anos participando do Festival Dança em Trânsito, Salcedo contou que já conheceu diversos países graças a sua arte. “Cada participação que tive no ‘Rotas’ foi diferente e única. Nesses intercâmbios aprendi que tem que querer fazer trocas. Dancei com bailarinos que já conhecia e também com outros, que a dança me deu o prazer de conhecer. A dança me oportunizou conhecer vários países. Com a minha companhia de dança, já conheci Portugal e França, e agora a Coreia do Sul, onde também sigo aberto a novos conhecimentos”.

Para o bailarino, uma de suas maiores honras é poder representar sua companhia onde for. “Acredito que esses eventos internacionais são de extrema importância, eles vão além das fronteiras, mostrando que a arte une! Espero ter um intercâmbio enriquecedor com os bailarinos, onde eles aportem na minha dança como eu na deles”, finalizou.

MS no pódio

A final da 8ª edição Prêmio Onça Pintada, maior competição de dança de Mato Grosso do Sul, onde artistas da dança de todo o Brasil e até de outros países participam, teve dois bailarinos da Cia Infantojuvenil do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano no pódio. Realizada no último domingo (2) no Teatro Glauce Rocha, contou com a participação dos bailarinos João Gabriel, Júlia Vitória e Marcos Vinicius, representando. Ambos os dançarinos conseguiram arrematar três prêmios para o Moinho: Marcos Vinícius ganhou o 1º lugar solo estilo livre, com a performance ‘Fuga’ e o 1º lugar no solo contemporâneo com a apresentação ‘Epiderme’; já João Gabriel ganhou o 3º lugar no solo contemporâneo com a coreografia ‘Tentando de Encontrar’. Além desse pódio de dois primeiros lugares, Marcos conseguiu ser reconhecido ontem como melhor bailarino na premiação.

“A minha preparação para o solo ‘Tentando te encontrar’ contou com muitos colaboradores da dança do Instituto Moinho Cultural, professores, coordenadores e a até a própria diretora do Moinho. Todos ajudaram, compartilhando dos seus vastos conhecimentos em dança”, explicou João Gabriel, de 16 anos, em entrevista ao jornal O Estado.

Sentimentos

Segundo o jovem, a mensagem de sua coreografia é baseada nos sentimentos de abandono. “Todo mundo fala sobre como o amor é lindo, e realmente é. Mas o que nos resta quando o amor acaba? Eu descreveria o processo do meu solo com a palavra “sentimento” desde a criação dos passos, gestos e expressões o personagem tinha que estar ali presente o tempo todo. Então desde o início eu tentei ir colocando esse personagem sentimental, melancólico e com o coração partido dentro de mim”.

Emocionado pela premiação, João Gabriel se disse realizado por poder levar o nome do Moinho Cultural. “Foi uma missão de grande responsabilidade, e o Moinho abriu totalmente meus horizontes no mundo da arte, e tem total importância na carreira que estou trilhando”, relatou. “Foram muitos desafios em montar e apresentar o meu próprio solo, como entender o meu próprio corpo e como ele iria se colocar, composição coreografia, técnica e principalmente a insegurança de não estar bom”, complementa.

Com apenas 16 anos, o bailarino compreende a importância dos estudos, até mesmo para sua dança. “Eu acho que acaba um sendo a motivação do outro, para mim poder dançar eu tenho que ser bom e me dedicar o tanto quanto na escola, já que o estudo vem em primeiro lugar”.

Em julho, João Gabriel retornará aos palcos com seu solo “Tentando te encontrar”, durante o Festival Internacional de Dança de Goiás, que acontece de 3 a 7 de julho, em Goiânia. Entretanto, o jovem não irá parar.

“Após os festivais as viagens ainda não param, no mesmo mês do Festival Internacional de Goiás em julho, estarei viajando para Joinville, em Santa Catarina, para elevar meus conhecimentos em cursos e workshops, sendo um deles o curso de inverno da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Assim podendo colocar futuramente em palco tudo o que foi absorvido nesses dias de muito aprendizado e experiências”, finaliza.

Visibilidade

Para a diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, a experiência proporcionada por essas participações expandem horizontes, amplia perspectivas e traz visibilidade internacional ao trabalho desenvolvido pelo Moinho Cultural.

“O intercâmbio cultural proporcionado por essas participações é inestimável. Quando nossos talentosos jovens têm a oportunidade de se apresentar em festivais nacionais e internacionais, eles não apenas compartilham a rica cultura pantaneira com o mundo, mas também absorvem novas influências, técnicas e estilos que enriquecem ainda mais suas habilidades artísticas. Esse processo de troca cultural fomenta a diversidade e a inovação dentro da companhia, contribuindo para um desenvolvimento artístico contínuo e dinâmico”, destaca.

Para o bailarino, uma de suas maiores honras é poder representar sua companhia onde for. “Acredito que esses eventos internacionais são de extrema importância, eles vão além das fronteiras, mostrando que a arte une! Espero ter um intercâmbio enriquecedor com os bailarinos, onde eles aportem na minha dança como eu na deles”, finalizou

O Instituo Moinho Cultural Sul-Americano fica localizado em Corumbá e possui apenas oito anos. O projeto tem como meta ser reconhecido pela qualidade de suas metodologias no desenvolvimento de crianças e adolescentes em uma região de fronteira. Atendendo 360 jovens de Corumbá, Ladário, Puerto Suárez e Puerto Quijarro, incluindo 40 crianças bolivianas em vulnerabilidade socioeconômica, o projeto promove acesso à cultura e fortalece a educação formal, beneficiando mais de 200 crianças e adolescentes.

Por Amanda Ferreira e Carolina Rampi

 

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