Crítica: Filme “The Flash” traz altos e baixos em sua estreia

Foto: Divulgação
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O aguardado filme “The Flash”, dirigido por Andy Muschietti, finalmente estreou nos cinemas nesta quinta-feira (15). Com Ezra Miller (“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”) no papel principal do super-herói da DC, a produção prometia uma história envolvente sobre um personagem capaz de desafiar as leis do tempo.

A sinopse do filme nos mostra que mundos colidem quando Flash decide viajar no tempo para mudar eventos passados. No entanto, suas ações acabam alterando o futuro de forma drástica, resultando em uma realidade na qual o General Zod retorna, ameaçando a aniquilação.

Desde o início, é importante ressaltar o óbvio: “The Flash” é, de fato, um filme sobre o Flash. Infelizmente, a personagem Sasha tem apenas cinco falas em todo o longa-metragem. Já Michael Keaton, por sua vez, possui um número maior de falas, principalmente porque é responsável por explicar o conceito do multiverso e o funcionamento das linhas do tempo.

No entanto, é indiscutível a atuação brilhante de Ezra Miller, que entrega uma performance impecável. Sua interpretação é facilmente uma das melhores já vistas em um filme de super-herói. Vale ressaltar que, se o ator não estivesse envolvido em tantas controvérsias, certamente seu nome estaria entre os indicados para várias premiações. O roteiro do filme é incrível, com um desenvolvimento maravilhoso. As atuações do elenco são perfeitas, e os diálogos estão entre os melhores já vistos no universo cinematográfico da DC, de longe.

No entanto, “The Flash” apresenta algumas cenas que parecem ter saído diretamente de um filme da Marvel, enquanto outras claramente são escolhas do diretor Andy Muschietti. Por exemplo, uma cena no multiverso foi refeita com um CGI sem textura alguma, deixando claro que foi uma escolha intencional do diretor. O problema é que a execução dessa ideia acaba sendo falha. Se a intenção era mostrar uma visão deturpada de Barry, teria sido mais impactante utilizar efeitos visuais ainda mais desagradáveis. Talvez a inclusão de cenas animadas ou com desfoque teria feito mais sentido, em vez do uso excessivo de CGI. Por outro lado, vale destacar a ideia interessante de representar as pessoas na força de aceleração por meio de CGI, conferindo uma atmosfera onírica e fantasiosa.

Em suma, “The Flash” não é o desfecho do universo que os fãs esperavam, mas é o que precisamos para seguir em frente e aceitar os erros do passado. O filme certamente terá uma recepção diversa, com alguns espectadores amando e outros odiando intensamente. Todos podem concordar, no entanto, que o filme não deveria ter sido lançado nessa condição. Com um primeiro e segundo ato excelentes, e um Batman fantástico, o terceiro ato acaba sendo desastroso. ”

The Flash” é ao mesmo tempo, uma decepção e um alívio, deixando a esperança de que tempos melhores virão para o herói velocista.

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