“Céu Vermelho Sangue” tem o que é preciso para acabar com seu tédio?

Céu Vermelho Sangue
Céu Vermelho Sangue

Os filmes com temática vampiresca há muito tempo carecem de algo novo que faça jus a obras-primas como “Nosferatu”, “Entrevista com Vampiro”, “Drácula”, “Drácula: Morto, mas Feliz!”, “Blade”, entre outros. 

A Netflix tem produzido ou comprado todo tipo de produção para fazer volume em seu catálogo e no último dia 23 soltou, “Céu Vermelho Sangue”, um pastiche que dá um medo quando o roteiro vai nos apresentando a uma história sobre uma mulher que aparentemente sofre de uma doença grave, terrorismo e uma infecção de vampiros sinistros, semelhante quando comemos algo que vai fazer mal.

Um ponto positivo é que os realizadores têm muita vontade de criar algo sério e que essa história doida funcione e deslanche para mais sequências. A direção fica a cargo do alemão Peter Thorwarth que faz o que pode, e na verdade consegue tirar leite de pedra com planos de câmeras bons (repetitivos e chupinhados de filmes de ação mais competentes) mas bons.

O roteiro foi escrito por Stefan Holtz, outro alemão desconhecido que tenta costurar da forma que pode essa colcha de retalhos, que não faz muito sentido, mas está recheado de boas ideias e boa vontade em executá-las. Nadja, vivida por Peri Baumeister, junto com seu filho Elias, interpretado por Carl Anton Koch, estão indo para uma consulta com um médico nos Estados Unidos, para algum tipo de tratamento que pode ajudar com sua “doença”.

Durante o voo um grupo de terroristas com finalidade dubia tomam conta do avião e supostamente vão jogá-lo sobre Londres, mas o plano também é fugir logo em seguida, sem que o objetivo seja concluído deixando nenhum zé ruela para possíveis contratempos, mas até aí tudo bem, eles botam a maior fé nesse plano.

As atuações dos terroristas são sofríveis e não fica bem claro o comprometimento de cada um, visto que de uma hora para outra bate um senso de humanidade em um deles que não quer que mate os passageiros, que na teoria estão indo para morte de qualquer forma. 

Um deles acaba surtando e atira em Nadja, que tentava salvar o filho. A atuação do garoto e suas atitudes são um ponto que nos tira do filme, quando você está disposto a fazer a suspensão da descrença, o bendito corre pra lá e pra cá atrapalhando tudo até o fim.

Nadja agoniza e é dada como morta pelo terrorista canastrão. Em um flashback vemos ela ser mordida pelo marido dando origem a sua maldição vampiresca, e já em seguida ressuscita e tenta agora salvar aquele avião do domínio dos patetas. ‘Céu Vermelho Sangue’ não é de todo ruim, mas vai agradar um público mais restrito, será que você tem o que é preciso para se aventurar nessa? Busque no catálogo da Netflix e assista por sua conta em risco. 

(Filipe Gonçalves)

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