Campo-grandenses relatam a experiência surreal e perrengues nos shows do Coldplay

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Foto: Folhapress

Em turnê pela América Latina, a banda Coldplay se apresentou no estádio do Morumbi, em São Paulo, entre os dias 10 a 14 de março, e levou energia surreal aos fãs. A turnê “Music of the Spheres” ainda desembarca em Curitiba e no Rio de Janeiro, na próxima semana. Mesmo com os perrengues devido à chuva e congestionamento, os fãs campo-grandenses descrevem suas experiências como incríveis, além das surpresas que o vocalista Chris Martin faz durante todo o show.

Após muito tempo de espera, um dos maiores nomes do rock do mundo, a banda britânica desembarcou, levando os fãs ao delírio. Pela primeira vez em um show internacional e pisando em um estádio, o casal da Capital, Evelyn Souza e Rafael Braga, comemorou oito anos de casados ao som de Coldplay. “Quando descobrimos a turnê da banda, já sabíamos que essa seria a nossa comemoração. Meu marido ficou atualizando o site mais de uma hora até conseguir comprar o ingresso”, disse a jornalista. O casal pagou R$ 1.200 pelo par, para o show em São Paulo. 

“Eu já sabia que seria bom, mas foi surreal, acho que só quem vive essa experiência sabe dizer”, resume Evelyn, após encarar quatro horas e meia de chuva na arquibancada aguardando Coldplay. Conforme o relato dela, o vocalista é dedicado e sorri durante toda a apresentação, e para ela isso deixou um aprendizado de como se deve levar a vida e a profissão. “Ele me pareceu muito feliz e dedicado no palco. É um exemplo, uma experiência que eu vou levar para o resto da vida”, afirma.

Um dos destaques do show para o casal foi quando todos pensaram que o show tinha terminado e a banda passou em meio ao público, surpreendendo com Seu Jorge em um palco, próximo da arquibancada, onde estava Evelyn e Rafael. “Foi uma surpresa, eu sou fã de samba e conseguimos vê-los e registrar o momento de pertinho”, comemora. 

A psicóloga Bruna Petillo estava com ingresso comprado para ir ao show em outubro do ano passado, mas foi cancelado, então ela permaneceu com o ingresso, se programou novamente para a nova data e esteve lá no estádio paulista, na última segunda-feira (13). “A banda tem uma energia muito boa. Eles cantam exatamente igual pessoalmente, os efeitos visuais de fogos e luzes deixam tudo ainda mais cósmico”, ressalta a psicóloga, que realizou um bate e volta apenas para assistir ao show. 

Para ela, que ficou encantada ao ver o vocalista Chris Martin falando em português, é difícil escolher apenas uma música que mais gostou. “‘Paradise’, ‘Yellow’ e ‘The Scientist’. Acho que ‘Yellow’ ainda ganha porque antes da música começar, o estádio todo ficou amarelo com as pulseiras”. Bruna ainda relata que o show não tem apenas um ponto positivo, mas sim vários. “É o tempo todo. No fim ele vai baixando, no sentido de despedida, e quando pensamos que está acabando, vem um show de fogos e ele começa a cantar novamente”, explica, maravilhada.

Fã de músicas internacionais desde criança, a psicóloga de 25 anos, Pãmella Aranda sempre ouvia Coldplay e já sonhava em ir no show. Tentou comprar ingresso para o Rock in Rio, mas estavam esgotados. Insistente, a psicóloga ficou de olho nos shows da próxima turnê na sessão infinity ticket, que seria liberado apenas 50 pares de ingressos mais baratos. “Pensei: é quase impossível, mas é a única chance”, disse. 

Pãmella tentou tanto que quando comprou nem se atentou a data do show, que ficou para um sábado, “nem me atentei ao dia que havia comprado, e no final foi um dia perfeito”. E, finalmente, quando a compra foi efetuada, ela se emocionou e começou a programação da viagem. “Eu chorei muito na hora, minha irmã estava comigo, liguei para minha mãe e meu namorado e desde então começamos a planejar”, conta. 

Uma semana antes do show, a psicóloga havia sido convocada para uma residência em hospital, mas foi compreendida e liberada pela equipe para viajar. Chegando no estádio, acompanhada do namorado, ela se emocionou ao ver que o sonho estava sendo concretizado. “Eu me emocionei, deu vontade de chorar, porque estava realizando um sonho, naquele momento.” 

“Foi mágico, surreal, intenso e único. Esse show entrou para o ranking de um dos melhores momentos da minha vida.” resume Pãmella. A psicóloga afirma que o show do Coldplay foi uma das melhores experiências de sua vida, ainda mais especial por estar ao lado do namorado, que também realizou um sonho que nem sabia que existia. “Estar lá com meu namorado foi muito especial, ele sempre apoiou minhas aventuras, planos e sonhos e me agradeceu por ter levado ele ao show”, conta.

Perrengue

O tempo chuvoso era uma preocupação na cidade paulista, que apresenta instabilidades há semanas. O casal Evelyn e Rafael compraram capas reforçadas e lanches para aguentar, do início ao fim. A jornalista conta que o tempo todo o público faz parte do show. “A nossa alegria e as comemorações, o jeito que erguemos os braços com a iluminação da pulseira faz toda a diferença”. 

Outro detalhe é que uma hora antes do show, no dia 12, a chuva parou. “Desde a hora que a banda entrou até quando se despediu não choveu no estádio Morumbi”, relata a jornalista. 

A psicóloga Bruna, que foi no show do dia 13, conta que encarou congestionamento e ficou sem a famosa pulseira que brilha, porque não tinha quantidade suficiente para todos. “Fiquei duas horas parada na avenida Morumbi por causa do congestionamento, e sem a pulseira porque não tinha para todo mundo”, explica. 

O transporte, após terminar o show, foi outro perrengue relatado pelos campo-grandenses. O casal caminhou mais de uma hora para encontrar um motorista de aplicativo, que estava difícil, devido ao congestionamento. “Chegamos no hotel tarde da noite, dormimos até às 10h do outro dia e acordamos com dor nas costas e na garganta, devido à chuva”, conta Evelyn, que não se arrepende da experiência para celebrar o aniversário de casamento. 

Ir embora em carro de aplicativo não foi uma opção para a Bruna, que não encontrava motorista e precisou pagar R$ 200 em um táxi. “Não conseguia carro pelo aplicativo e tinham vários taxistas oferecendo preço fechado. E quando o show acabou, não passava carro, então ou eu aceitava e ia embora ou continuava procurando transporte na avenida.”

Surpresas  

O vocalista Chris Martin deu um show de simpatia em sua passagem por São Paulo. No domingo (12), enquanto passeava pelo Parque Ibirapuera, o cantor se deparou com a bateria da faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) e parou para prestigiar os universitários, que foram surpreendidos e aproveitaram para tietar Chris.

Já no show da noite, o vocalista aproveitou alguns momentos para conversar com o público e agradecê- -los pela presença mesmo em meio à forte chuva que atingiu a cidade, mas o detalhe é que ele fez questão de agradecer em português! “A gente está muito feliz de estar aqui com vocês. Muito obrigado pelo esforço de estar aqui, mesmo com a chuva, com o trânsito e todos os outros problemas”, disse. 

Na última terça-feira (14), Chris Martin recebeu a cantora Sandy, da dupla Sandy e Júnior, no palco do Morumbi. Enquanto ela cantou “Quando Você Passa”, o vocalista do Coldplay tocou o piano sintonizado com o público, que entoou os versos “Turu Turu”, encantado com a surpresa. A dupla ainda cantou “Magic”, um dos sucessos da banda, lançado há nove anos.

Próximos shows da turnê “Music of the Spheres” de Coldplay, no Brasil 

São Paulo – estádio do Morumbi 

17 de março (sexta-feira) 

18 de março (sábado) 

Curitiba – estádio Couto Pereira 

21 de março (terça-feira) 

22 de março (quarta-feira)

Rio de Janeiro – estádio Nilton Santos Engenhão

25 de março (sábado) 

26 de março (domingo) 

28 de março (terça-feira)

Por Livia Bezerra  – Jornal O Estado do MS.

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