O evento contou ainda com oficina de break, da cultura do hip hop
Para comemorar o “Dia do Graffiti”, os artistas e grafiteiros de Campo Grande realizaram, nesse sábado (11), na região da Vila Marli, a terceira edição do “Sopa de Letras”. O Dia Nacional do Graffiti Brasileiro é celebrado em 27 de março, desde 1988, em homenagem a Alex Vallauri, um dos pioneiros da arte de rua no país. Ele era grafiteiro, pintor, artista gráfico, desenhista, cenógrafo e nasceu na Etiópia, mas foi naturalizado brasileiro.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Inclusive, o estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo. Sanderley Sabegue, de 30 anos, além de grafiteiro é um dos organizadores do evento, aqui na Capital. O artista de rua destacou os trabalhos que foram realizados no evento.
“Nós ensinamos os jovens artistas a pintar e para os que já são grafiteiros, foram ensinados aperfeiçoamentos de habilidades e técnicas. A intenção é fazer todo esse painel com temas diversos e como tema livre, para que fosse composto o que os artistas quisessem”, disse.
Eurionildo Maecwa, conhecido como Sula, está à frente da oficina de break, dança de rua, da cultura do hip hop. Segundo ele, o objetivo é ensinar os jovens da comunidade a entender mais sobre o movimento. “Queremos que nossos jovens entendam como surgiu esse movimeto, por isso ministramos essa oficina para eles. Não é só dançar, é preciso saber da história e ter conhecimento sobre a dança de rua. O grafite é também um trabalho muito crítico e social, sempre será importante para a sociedade”, disse Sula.
A artista visual Rafaela Gonçalves, de 23 anos, que está aprendendo a desenhar, relatou que veio para ter mais conhecimento. Ela relatou ainda que sempre gostou de desenho, desde a infância. “Estou aqui hoje colocando em prática o que mais gosto de fazer, desde pequena sempre gostei de desenhar e o grafite abre as portas da criatividade para mim. Faço faculdade de artes visuais e comecei há pouco tempo no grafite e já estou gostando bastante”, afirmou
O evento, na rua Teodoro Roosevelt, na Vila Marli, que durou o dia inteiro, no sábado, com início às 9h, com oficinas, mural e música com rappers e batalha de rima, contou também com um estande de livros em parceria com a biblioteca pública municipal do Horto Florestal, Ana Luiza Prado Barros, e premiações. “Trouxemos mais de 200 livros da biblioteca para doação, entre eles, gibis, romance, literatura infantil, literatura regional, com artistas locais, até mesmo para que as pessoas conheçam a cultura regional e saibam que existe escritores, bons escritores, de Mato Grosso do Sul”, disse a produtora cultural Suzamar Rodrigues.
Por Felipe Bonazza – Jornal O Estado do MS.
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.