A escritora gaúcha Lya Luft, de 83 anos, morreu no dia de hoje (30) em sua casa na capital gaúcha. A informação foi confirmada pela família da escritora. Nascida em Santa Cruz do Sul, enfrentava um melanoma, um tipo de câncer de pele que havia sido descoberto há sete meses, já com metástase. Ela chegou a ficar internada, mas recebeu alta para passar o Natal com familiares.
Sua obra de maior editorial – “Perdas e Ganhos” – foi lançada em 2003 e vendeu cerca de 1 milhão de cópias. Permaneceu na lista dos mais vendidos durante dois anos e foi publicada no exterior. A obra também era um misto de ensaio e memórias da escritora.
Luft nasceu em Santa Cruz do Sul em 15 de setembro de 1938. De origem alemã, a autora se formou em Letras pela PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e fez dois cursos de mestrado. Começou sua carreia literária aos 25 anos escrevendo poemas, que foram reunidos no livro “Canções de Limiar” (1964), sua primeira publicação.
Em 1972, foi publicado seu segundo livro de poemas, “Flauta Doce”. Em 1978, veio sua primeira coletânea de contos, “Matéria do Cotidiano”.
Em 1981, publicou “A Asa Esquerda do Anjo” e, no ano seguinte, “Reunião de Família”. Em 1984, lançou duas obras: “O Quarto Fechado” e “Mulher no Palco”. Em 1987 lançou “Exílio”; em 1989, o livro de poemas “O Lado Fatal” e, em 1996, o premiado “O Rio do Meio”, livro de ensaios.
Em 2001, a escritora recebeu o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica, pela obra “Lete: Arte e crítica do esquecimento”, de Harald Weinrich. Em 2013, ganhou o Prêmio da ABL (Academia Brasileira de Letras), na categoria “Ficção, Romance, Teatro e Conto” pela obra “O Tigre na Sombra”.
Lya Luft deixa o marido, o engenheiro Vicente de Britto Pereira, dois filhos, além netos e netas. O corpo da escritora será velado em cerimônia restrita à família, e depois cremado. As datas e horários não foram informados.
(Fonte: Agência Brasil)