ACORDE: MSRIFF valoriza instrumentistas do Estado

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Violão e voz têm seu sucesso, sua pegada romântica, mas um som encorpado por uma banda é memorável. O que seriam dos grandes artistas, dos grandes hits se não fossem seus instrumentistas? Esta é a “Iniciativa MSRiff: Do Mato Pro Mundo”, que está no ar valorizando guitarristas, baixistas, bateristas, tecladistas e toda a gama da composição ideal para criação de músicas perfeitas. Acesse clicando aqui.

Anota essa agora. Um dos melhores guitarristas do planeta, de acordo com a revista especializada Guitar World, é de Campo Grande: Mateus Asato. Este artista foi convidado para tocar com Tori Kelly, uma das grandes artistas pop mundiais da atualidade, e se tornou integrante da banda da cantora e compositora.  Esta é só uma mostra de que a desvalorização destes profissionais os faz percorrer outros caminhos e tocar com artistas renomados como Luan Santana, Sandy, Tori Kelly e Jessie J. Outros já tocaram e tocam com Zé Ramalho, Zeca Baleiro, Fat Family, Leci Brandão, Chitãozinho e Xororó, Tori Kelly. Temos guitarrista exemplares como Diego Barosa e Simão Gandhy (de Dourados) .

Quem encabeça o projeto é o instrumentista, músico e compositor, Pedro Espíndola. Ela já  fazia o seu riff postando semanalmente às segundas quando pensou em intimar os brothers para fazer também o mesmo. Foi lá e conversou com um grupo inicial para entregar uns três ou quatro vídeos prontos. Convidou Caio Dutra, parceiro principal, e vários instrumentistas como Maestro, Lang, Matheus Augustos da Bella Xu, Jonavo, Sória do Muchileiros e Luis Ávila. “A ideia não é um coletivo idealizando as coisas juntos. Cada um vai pensar e fazer como quiser. A estética é livre. A ideia é um portal coletivo para promover o indivíduo. Assim, quando alguém quiser lançar um olhar sobre Campo Grande vai se deparar com os músicos daqui que são muito bons. Tudo em um lugar só”, explica Pedro.

Valorização do instrumentista

A valorização e o incentivo também fazem parte da Iniciativa, “A maioria dos músicos não pode trabalhar por conta da pandemia e assim gera motivação. Pode também trocar figurinha com outros músicos, além de produzir seu vídeo com sua criatividade. A ideia do projeto é não trabalhar com autoral e improviso, até porque em 56 segundos não dá pra dizer algo significativo. É tão pouquinho tempo”, avalia Pedro Espíndola. Ele pontua que a decisão de tocar estes temas conhecidos e importantes da história da música foi feita porque quando chega no ouvinte ele consegue identificar: “Ah, é isso que ele está tocando. Estou ligado nesse som!”. 

“É uma resposta mais rápida neste fast food que virou o trabalho musical em rede social. Então, pra mensagem chegar mais mastigadinha, mais rápida, precisa tocar o que a galera já conhece pra sacar que o instrumentista toca a música que ela conhece daquela forma”, aponta Pedro. O único critério para participar é ser gente boa sem ter preconceitos como racismo e homofobia. “Porque músicos bons têm um monte em Campão”, refletiu Pedro Espíndola. 

Luis Ávila vai ser publicado nesta terça (18). O instrumentistas acredita que o projeto é essencial para valorizar a profissão do artista. “O compositor tem seu valor cantando atrás  dos seus versos, rimas e letras. Eu sou um instrumentista. A minha poesia não vem das palavras da minha boca, das palavras que escrevo. Minha poesia vem das minhas mãos na guitarra. Vem dos sons que produzo nos meus instrumentos. Eu toco guitarra e contrabaixo”, destaca Ávila.

raiz e essência

O artista lança um questionamento. “O que seria de Geraldo Espíndola, Guilherme Rondon, e Paulinho Simões, por exemplo, se não fossem os instrumentistas que tocam com eles. Estes que são os cara que dão as cores para aquela música por meio da guitarra, do teclado, da bateria, do ritmo? Acho legal esta Iniciativa MS Riff Do Mato Pro Mundo porque muitos instrumentistas vão alçar voos lá fora. Será que não é pela falta de valorização deles?”.

Por isso, ele enfatiza que tudo que vem para somar e para divulgar o trabalho do músico, do artista sul-mato-grossense é sempre bem-vindo. “A gente está sempre precisando. Especialmente, neste tempo de pandemia onde não podemos mostrar presencialmente o trabalho”, pontua. Sua escolha de riff vem da sua raiz e essência. Ele escolhou um clássico do blues na versão de um dos maiores guitarrista de blues da Inglaterra, Peter Green, que é parte dos responsáveis pelo renascimento do gênero nos anos 1960 junto com Jimmy Page, Eric Clapton e Rolling Stones.

“Eu sou um bluesman que não fica só na caixa do blues, toco rock, soul e com artistas regionais, mas, já gravei com João Figar,  Nakasato e com Carlos Colman, por exemplo. Eu utilizo o universo do blues para dar um tempero. Mas, apesar de ter tocado todo estilo de música, sempre vou ter sotaque de guitarrista de blues. Por isso, escolhi um clássico que mostra quem eu sou”. . 

A música que Luis Ávila vai tocar se chama “I Need Your Love So Bad” (composta por Little Willie John, mas na versão do Peter Green/Fleetwood Mac). Confira clicando aqui.

 

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