9ª edição do Festival Mais Cultura chega com 500 atividades

Foto: Apresentações Oficinas, danças contemporâneas,
palestras, mesas-redondas, recitais
e intervenções estão na
programação/Fotos: Reprodução
Foto: Apresentações Oficinas, danças contemporâneas, palestras, mesas-redondas, recitais e intervenções estão na programação/Fotos: Reprodução

Com o propósito fomentar a cultura e a educação, festival realiza mais de 500 atividades pela UFMS 

A 9ª edição do Festival Mais Cultura, realizado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), acontece nesta semana até o dia 29 de setembro, às 20h, todos os dias. A programação, repleta de atrações, espalhadas pela Cidade Universitária, é composta por oficinas, palestras, performances de danças, entre outras atividades. As atrações são gratuitas, sendo opcional 1kg de alimento não perecível.

“O Mais Cultura é um evento anual, que já está na sua nona edição. Nós já superamos inúmeras contingências, a pandemia foi uma delas, à época, fizemos tudo digital. Superamos diversidades climáticas, outras vezes orçamentárias e o que importa, para nós, é poder levar a arte e circular com a produção interna que temos na UFMS, além de atividades realizadas por parceiros, também, fora do âmbito acadêmico, que possuem o mesmo propósito de fomentar a educação e a cultura local”, explica o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte, Marcelo Fernandes.

Com o intuito de atrair a comunidade externa e estimular os acadêmicos, o festival está repleto de atividades que visam sensibilizar o corpo social para as artes e cultura. As atividades anunciadas são diversas e variam desde concertos de música clássica até espetáculos de dança. Para a abertura do festival, que ocorreu ontem (25), o Quarteto da Orquestra Sinfônica da Unicamp apresentou um recital com um repertório dedicado às obras de Johannes Brahms, compositor da música orquestral de renome.

Para esta terça-feira (26), estão programadas mesas-redondas com o Cimuci (Congresso Internacional de Música Coral Infantojuvenil), às 8h30. Às 9h, palestra com o tema “O Valor das Ciências Físicas” e às 10h30, “Tópicos de Filsosofia da Física – Da mecânica Quântica à Relatividade Geral”, todos os encontros serão remotos. O espetáculo “Assim Cantava Meu Avô”, será uma atração cultural realizada no teatro Glauce Rocha, às 20h.

Na quinta-feira (28), o Duo Amábile é uma das atrações. Formado pelo violonista Marcelo Fernandes e a cantora Ana Lúcia Gaborim, o duo se insere dentro de uma extensa tradição brasileira de canções de câmara, na qual os compositores de música erudita interpretam textos e obras de grandes poetas. O literato homenageado pelo duo será Carlos Nejar, poeta, ficcionista, crítico literário e o quinto ocupante da cadeira n° 4 da Academia Brasileira de Letras, além de ser um dos convidados que compõem as atrações do festival deste ano.

Foto: o Grupo Acaba, fará apresentação na quinta-feira (28)/Reprodução

Afamados por destacar o regionalismo em suas letras e melodias, o tradicional Grupo Acaba – Canta Dores do Pantanal, é outra atração confirmada para o evento, no mesmo dia (28), e revelam que participar do festival é um momento significativo e nostálgico para o grupo que, em 1971, ano em que o teatro Glauce Rocha foi inaugurado, os músicos foram os vencedores do FUC (Festival Universitário da Canção), outro festival de renome realizado pela universidade.

“O Festival Mais Cultura será realizado no teatro Glauce Rocha e nós já fomos premiados lá. Será um show que desperta muitas memórias e de grande emoção. Neste show atual, nós faremos o lançamento do álbum musical ‘Cabeza de Vaca, Andarilho das Américas’ e intermediaremos também com alguns clássicos do Grupo Acaba e o festival é propício para esse trabalho, porque iremos abordar, com detalhes, essa grande pesquisa que fizemos e contar um pouco da história desse fabuloso personagem que, lá no século 16, de certa maneira, marcou Mato Grosso do Sul e marcou o Pantanal, Álvar Núñez Cabeza de Vaca, o conquistador espanhol”, ressalta um dos integrantes do grupo, Moacir Lacerda.

Homenagem a Sarah Abussafi 

Na sexta-feira (29), a atração será da Cia. do Mato, com o espetáculo de dança contemporânea “Chafica”. O presidente da Cia., Halisson Nunes, destaca a importância do festival, ressaltando os benefícios e visibilidade que agrega ao setor cultural. “É sempre muito importante eventos que valorizem a nossa cultura, principalmente ao ter a oportunidade de levar uma homenagem a figuras que fizeram a história dessa terra e poder levar conhecimento ao público. Isso é mais do que um dever, é uma obrigação.” 

Foto: Cia. do
Mato, exibirá o espetáculo ‘Chafica’, na sexta-feira (29)

“Chafica” é um espetáculo que homenageia a figura de Sarah Abussafi Figueiró, uma mulher de ascendência libanesa que realizou inúmeros feitos na cultura sul-mato-grossense, tanto nas artes plásticas como na dança, promovendo a oficialização e o desenvolvimento dessas áreas. A obra possui trilha sonora inédita executada por Tetê Espíndola e Arnaldo Black, e aborda temáticas que referenciam a importância das mulheres libanesas no Estado, assim como referencia a todos os nomes que construíram a dança em Mato Grosso do Sul. Apresentá-lo no ‘Mais Cultura’ representa mais uma forma de envolver a comunidade acadêmica em temáticas culturais, para promover o conhecimento da história da dança de Mato Grosso do Sul”, comenta a intérprete e criadora do espetáculo, Maria Fernanda Figueiró.

O pró-reitor explica ainda que, durante a semana, ocorrerão também intervenções para os acadêmicos, durante as aulas. “É um evento que tem mais de 500 intervenções, pois passaremos em cada sala de aul, realizando alguma apresentação artística e no espaço universitário acontecerá mais de 100 intervenções. Serão palestras, concertos, workshops e muitas outras atrações. É um evento muito emocionante, o objetivo é disponibilizar a linguagem artística para as pessoas, para que possamos ter uma sociedade mais sensível, mais atenta ao nosso patrimônio material, que é riquíssimo”, diz. 

Por  Ana Cavalcante – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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